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O policial militar Marcelo Silva Alves, de 30 anos, segue desaparecido nesta sexta-feira (09), mesmo com equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil atrás dele. Ele é apontado pela Delegacia de Homicídios (DH) como principal suspeito de ser o autor do tiro que matou , Fábio Skora Santos Bueno, também policial militar, na madrugada desta quinta-feira (8) em uma casa noturna, no bairro Uberaba em Curitiba.

Na tarde desta sexta, a assessoria de imprensa da PM informou que caso o policial não se apresente até oito dias ele será considerado ausente da corporação por abandono do trabalho. Isso porque ele deveria ter comparecido ao serviço na manhã desta quinta, mas não apareceu. Segundo o Regimento Interno da PM, um policial que falte ao serviço por mais de 48 horas é considerado ausente, um crime militar. Caso isso aconteça, o policial pode ser preso administrativamente. Após oito dias de ausência, ele passa a ser desertor.

Alves está lotado no Centro de Operações Policiais Militares (Copom) da PM. Até o fim da tarde desta sexta, o Gabinete da Comanda da PM ainda não tinha recebido resposta de outro pedido de prisão preventiva contra ele. Depois do crime, um Inquérito Policial Militar para apurar as circunstâncias da morte de Skora foi aberto e foi pedida a detenção de Alves à Justiça Militar.

A DH deve apresentar em breve também um pedido de prisão contra ele, mas neste caso na Justiça Criminal comum. "O delegado Cristiano Quintas dos Santos deve requisitar a prisão preventiva do policial suspeito", informou o delegado titular da DH, Rubens Recalcatti.

Acusado de roubo

Recalcatti contou ainda que o banco de dados da Polícia Civil informa que Marcelo Silva Alves responde a três processos na Justiça e um inquérito policial. O delegado informou ainda que o PM havia sido preso, segundo ele, em "2003 ou 2004" acusado de participar de uma quadrilha de roubo a banco. "Ele já era policial. Nesta época eu era delegado da Furtos e Roubos e prendi ele", contou Recalcatti.

Porém, não foi possível detalhar quais processos o policial responde. Na quinta, Recalcatti havia informado Alves teve um Boletim de Ocorrência registrado contra ele em maio do ano passado. O PM era acusado de ter disparado uma arma de fogo para o alto. Porém, ele teria negado o fato e informado aos policiais que registraram a ocorrência que ele não podia ter atirado porque não teria porte de arma devido a uma decisão judicial. O delegado não sabia dizer de que decisão judicial tratava-se este suposto impedimento do policial portar arma.

Abrabar

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas do Paraná (Abrabar-PR) reclamou, em nota enviada à imprensa na tarde desta sexta, da falta de normatização para receber policiais armados nos estabelecimentos. Segundo o texto, casos como o da morte do policial Fábio Skora Santos Bueno poderia ter um término diferente se houvesse alguma norma sobre a posse de arma nestas situações.

"Infelizmente é necessário e urgente que as corregedorias da Policia Militar e Civil do Paraná, bem como os comandos baixem uma norma/resolução para que seja padrão para que os policiais em serviço ou de folga quando forem adentrar em estabelecimentos de entretenimento e lazer se apresentem, identifiquem e assinem termo de responsabilidade nos locais para que possam permanecer armados ou que caso já exista alguma norma/resolução que de publicidade aos cidadãos e a sociedade civil organizada de quais são os procedimentos e os meios de colaboração com o poder público", afirma o presidente da Abrabar-PR, Fábio Aguayo.

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