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Curitiba – O PMDB lidera as eleições para governador em nove estados. O segundo lugar no ranking é do PSDB, favorito em seis, seguido do PFL, provável vencedor em quatro unidades da federação. O PT está em quarto lugar, na frente em três estados, seguido do PPS e do PSB, líderes em dois, e o PTB, em apenas um.

Se o quadro permanecer como está, o PMDB terá o comando em mais dois estados em comparação aos sete que governa hoje. E, mesmo sendo a maior bancada de um Congresso desmoralizado com as crises de corrupção descobertas na metade do ano passado, o partido deve ser de novo a maioria em 2007 graças à sua força política nas regiões.

"Os governadores são peças importantes no jogo político brasileiro e, muitas vezes, têm capacidade de influenciar a bancada respectiva do seu estado no Congresso", lembra Maria D’alva Kinzo, professora do departamento de ciência política da Universidade de São Paulo (USP). "O PMDB é um partido regional. Se por um lado não tem lideranças nacionais capazes de conseguir fazer um presidente nacional, criou uma capilaridade que favorece esse cenário", continua.

Isso indica que o próximo presidente não poderá dispensar a participação do PMDB no governo para ter sustentação no jogo político. "O PT, porque perdeu força política com a corrupção da base aliada, terá de contar com a oposição. O presidente Lula está preparado com o que ele chama de proposta de governabilidade", diz Roberto Romano, professor de Ética Política da Universidade de Campinas (Unicamp). "E o PMDB, se mantiver o prognóstico das pesquisas, é quem vai mandar e essa proposta de governabilidade passará pela repartição de cargos em ministérios, companhias estatais e outros cargos de comissão", lembra.

Lulismo

Levantamento publicado no site Congresso em Foco, demonstrou que, enquanto o PT deverá vencer a eleição em três estados (Acre, Piauí e Sergipe), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se reeleito, terá apoio em pelo menos outras sete unidades da federação. Isso reforça a tese de que o carisma do PT está ofuscado com os escândalos de corrupção, enquanto o presidente é absolvido pelo povo.

Entre os aliados políticos e prováveis vencedores das eleições em outubro estão o governador paranaense Roberto Requião (PMDB); Sérgio Cabral Filho (PMDB), no Rio de Janeiro; Maguito Vilela (PMDB), em Goiás; Roseana Sarney (PFL), no Maranhão; Paulo Hartung (PMDB), no Espírito Santo; Eduardo Braga (PMDB), no Amazonas; João Lyra (PTB), em Alagoas.

Outros candidatos, mesmo na oposição, na prática não presentam esse perfil: Germano Rigotto (PMDB-RS), Blairo Maggi (PPS-MT), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Siqueira Campos (PSDB-TO).

Os favoritos

Apenas cinco candidatos estão na marca de 60% ou acima nas intenções de voto nos estados e devem vencer as eleições no primeiro turnos: Aécio Neves (PSDB), com 71% em Minas Gerais; Paulo Hartung (PMDB), com 65% no Espírito Santo; Roseana Sarney, com 63% no Maranhão; André Puccinelli (PMDB), com 62% no Mato Grosso do Sul e Blairo Maggi (PPS), com 60% no Mato Grosso.

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