Brasília O PMDB realiza hoje sua convenção nacional, depois da fracassada tentativa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de esvaziá-la e de impedir que integrantes de seu grupo entrassem na chapa pela reeleição do deputado Michel Temer (SP) para a presidência do partido. Num encontro que promete ser tranqüilo e sem disputas, o PMDB realiza sua convenção nacional para renovar a direção e reconduzir Temer por mais dois anos na presidência. Candidato único e com apoio do Planalto, Temer encarna agora os neogovernistas do PMDB.
Os governadores, que, em sua maioria, defendiam a renovação e apoiaram a candidatura do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim, inviabilizaram o boicote proposto por Renan e trataram de fortalecer a chapa de Temer. Sérgio Cabral (RJ), Luiz Henrique (SC), Eduardo Braga (AM), Paulo Hartung (ES), Marcelo Miranda (TO) e André Puccinelli (MS) entraram na chapa para o diretório nacional e Roberto Requião (PR) indicou seu vice, Orlando Pessuti, para representá-lo. A chapa, que tinha apenas um senador, agora tem seis, além de um representante do senador Pedro Simon (RS). "Os governadores vieram para a chapa. Não há mais dúvida de que esta é a chapa da unidade. O partido sai unificado porque estamos todos juntos no apoio ao governo Lula", disse Temer.
A nova direção do PMDB pretende trazer Jobim, que retirou sua candidatura terça-feira, para o comando do partido. Renan admitiu estar disposto a preservar a relação pessoal com o presidente, mas insistiu na tese de que Temer seria o candidato da divisão, e não da unidade do partido.
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