Brasília O PT vai esperar até o último momento por uma aliança com o PMDB. Somente depois de descartada a hipótese é que a vaga de vice do presidente Luiz Inácio Lula da Silva será negociada com os demais partidos da aliança.
Para o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoíni (SP), a coligação é fundamental não só para garantir a governabilidade num eventual segundo mandato de Lula, mas também pelos votos que o partido pode trazer para a campanha do presidente.
"Temos que trabalhar com a lógica de estratégia eleitoral e também com a viabilidade de uma aliança que permita uma governabilidade estável para o país nos próximos quatro anos", afirmou.
Uma aliança formal com o PMDB depende, segundo Berzoíni, de acordos em torno das candidaturas nos estados.
"Temos que decidir essa questão (da vice) da forma mais madura possível. Dependendo das movimentações que fizermos nos estados em nível nacional poderemos ter a vice com o PMDB. Mas isso pode não ser alcançado, por isso temos outras hipóteses", advertiu.
O PT já abriu mão, por exemplo, de lançar candidato ao governo de Goiás, o que deve se repetir em outros estados. A direção nacional interferiu e levou o partido a apoiar o peemedebista Maguito Vilela. O PT queria lançar na disputa Pedro Wilson ou Rubens Otoni.
Caso não consiga consolidar a aliança com o PMDB, a vaga de vice do presidente Lula será discutida entre o PSB e o PRB, do vice-presidente José Alencar. "O nosso objetivo com o PMDB pode não ser alcançado, então temos outras hipóteses", disse Berzoini.
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