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Foz do Iguaçu – Quatro policiais militares, entre eles um capitão, acusados de facilitar o contrabando na Costa Oeste, região do Lago de Itaipu, foram presos ontem pela manhã durante a Operação Comandos, da Polícia Federal (PF). Eles estariam atuando com o ex-policial militar Celso Schnaider, que estava foragido até o início da noite. Todos são suspeitos de praticar crimes de corrupção ativa, descaminho, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

A PF prendeu o capitão Nivaldo Marcelos da Silva, o sargento Paulinho Pereira dos Santos e os soldados Valdesir Bett e Luiz Carlos da Rocha durante diligências feitas nos municípios de Itaipulândia, São Miguel do Iguaçu, Santa Helena e Medianeira, região de Foz do Iguaçu. Os agentes da PF agiram com base em cinco mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça Federal de Foz do Iguaçu, e dez mandados de busca e apreensão. Durante as buscas, foram retidos documentos e papéis.

Os PMs estariam recebendo propina de contrabandistas para fazer vistas grossas às mercadorias que saíam do Paraguai e eram levadas até o lado brasileiro para serem distribuídas.

O comandante do 14.º Batalhão da PM de Foz do Iguaçu, tenente-coronel Honório Simião Carneiro, diz que a PM abriu inquérito há quatro meses para investigar os policiais após receber denúncia anônima, procedimento que facilitou as prisões. "O inquérito corre em sigilo. Quem vai julgá-los será a Justiça Federal", diz.

A denúncia anônima, que teria partido dos próprios contrabandistas após um desentendimento com os policiais, foi recebida pelo 19.º Batalhão, com sede em Toledo, mas coube ao 14.º Batalhão fazer a investigação, porque na época os PMs estavam lotados em Foz do Iguaçu. A PM também determinou que o Ministério Público Federal acompanhasse o caso. Até o fim da tarde de ontem, os PMs presos prestavam depoimento na PF de Foz do Iguaçu. Eles seriam encaminhados ao quartel da PM na cidade.

O capitão Nivaldo ingressou na PM em 1988. O sargento Paulinho e o soldado Valdesir começaram a atuar na corporação em maio de 1994, enquanto que o soldado Luiz Carlos é da turma de 1995. Todos poderão ser expulsos da corporação.

Schnaider era soldado da PM até o dia 25 de agosto, quando saiu a confirmação do pedido voluntário de desligamento dele da instituição. Ele resolveu afastar-se da corporação no mesmo dia em que a PM finalizou e protocolou a abertura de inquérito policial do caso junto ao poder judiciário.

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