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Já estão em liberdade os dois policiais militares acusados de furtar o aparelho de som de um veículo no Largo da Ordem, no Centro Histórico de Curitiba, no mês passado. Altenes Pinheiro, 37 anos, e Adriano Fronza, 34, foram soltos ontem à tarde e vão responder ao processo por furto em liberdade. Eles estavam presos desde o dia 8 de agosto, no Centro de Detenção e Ressocialização de Piraquara. A prisão foi motivada por uma reportagem da TV Paranaense, em que Fronza e Pinheiro aparecem retirando o aparelho de som de um veículo arrombado. As imagens foram ao ar no dia 7 de agosto.

Segundo o advogado Peter Amaro de Souza, defensor de Adriano Fronza, não havia fundamentos para a prisão preventiva dos policiais. "Eles não foram presos em flagrante, não têm antecedentes criminais, têm residência fixa e não colocam em risco o processo", disse Amaro. "Ninguém é culpado até o trânsito em julgado."

O pedido de revogação da prisão preventiva foi analisado pela Vara da Auditoria da Justiça Militar Estadual. No dia 16 de agosto, o Tribunal de Justiça do Paraná havia negado habeas-corpus para os policiais.

Por meio de sua assessoria, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou que Fronza e Pinheiro terão de se apresentar na próxima segunda-feira à comandante do 12.° Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Rita Aparecida de Oliveira, e ao oficial responsável pelo Inquérito Policial Militar que apura o caso. O mais provável é que eles assumam funções internas até a conclusão do inquérito, que pode resultar na expulsão dos dois.

Proteção ao patrimônio

Para o advogado Peter Amaro, as imagens levadas ao ar pela TV Paranaense mostram que Fronza e Pinheiro estavam "tentando proteger o patrimônio de um cidadão de bem". "O que aconteceu é que, naquela hora e naquele local, tinha vários carros com vidros quebrados e portas abertas. Aquele era um carro a mais", afirmou o advogado. Segundo ele, o aparelho que aparece na mão do policial já tinha sido retirado. "Ninguém consegue tirar um toca-CD com uma mão apenas. Já estava no banco. Ele (o policial) retirou para proteger o toca-CD."

Amaro diz que, na seqüência, o aparelho foi devolvido ao proprietário. "Fizeram a devolução no mesmo local", afirmou ele. Em entrevista ao telejornal Paraná TV do dia 9 de agosto, o proprietário do veículo, Fábio de Paula, mostrou-se surpreso com as imagens e chegou a dizer que pretendia processar o estado do Paraná para tentar reaver o valor do aparelho. Ele mora em São José dos Campos (SP). Além dos dois policiais militares, foi preso um casal flagrado pela equipe de reportagem quando arrombava um carro. O casal continua na cadeia.

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