Londrina - Desde as 6 horas de ontem, o Paraná não conta mais com 200 funcionários que trabalhavam no atendimento dos telefones de emergência (190 e 193) da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) decidiu não renovar os contratos terceirizados e, como resultado, policiais militares e bombeiros terão de assumir o serviço. Em Londrina, segundo informações do Conselho Comunitário de Segurança, havia 60 pessoas realizando a função.
Há dois anos, a contratação dos terceirizados foi apontada como uma forma de evitar que policiais e bombeiros treinados para atividades de patrulhamento e resgate ficassem apenas com atividades de escritório. Alguns atendentes ouvidos pela reportagem informaram que, além de policiais e bombeiros, existem civis concursados que tiveram de aumentar suas cargas horárias e as escalas já foram modificadas.
O presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Londrina, Claudio Espiga, reagiu com revolta ao anúncio do fim do contrato. "Vai faltar gente nas ruas e quem vai ser prejudicado é a população", reclama. Ele também lembra que a Sesp acabou provocando uma situação inversa à que tem propagado. "O que falam sempre é da importância de polícia na rua. Agora vai ter mais PM no escritório", afirma.
Espiga disse que, desde julho de 2009, já demonstrava receio com a situação dos terceirizados do atendimento de urgência e emergência. Ele contou que na época encaminhou, por meio da coordenadora da região metropolitana de Londrina, Elza Correia, um pedido de informações sobre o serviço, mas nunca recebeu resposta. "A gente sabe que esse tipo de serviço público precisa ser, no mínimo, terceirizado e nos preocupava a sua manutenção através apenas de contatos temporários", diz.
O comando da Polícia Militar e a Secretaria de Estado da Segurança Pública proibiram os comandos dos batalhões da cidade de comentar o assunto. A reportagem também entrou em contato com a assessoria de imprensa da Sesp, mas até o fechamento desta edição não obteve nenhuma resposta.
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