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Denúncia

PMs são acusados de agressão contra presos em Cidade Gaúcha

Policiais teriam usado violência contra detentos para conter rebelião na delegacia local

Preso da cadeia de Cidade Gaúcha mostra marcas de agressão cometida por PMs | Reprodução
Preso da cadeia de Cidade Gaúcha mostra marcas de agressão cometida por PMs (Foto: Reprodução)

O promotor de justiça da Comarca de Cidade Gaúcha, região Noroeste do estado, Wilson Tomé Tropiani, pediu para a Polícia Civil da cidade investigar a denúncia de agressão contra presos da cadeia local durante uma rebelião ocorrida na sexta-feira (1.º).

A violência teria sido praticada por policiais militares da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), do 7.º Batalhão da Polícia Militar. Uma série de fotografias mostrando alguns presos feridos foi encaminhada quarta-feira (6) ao promotor e ele informou que até sexta-feira (8) vai visitar a cadeia para verificar a situação.

A denúncia chegou ao conhecimento do Ministério Público durante uma audiência com o detento Rafael Tiago Rocha da Silva, 27 anos, que responde a processo por furto. Ele foi levado ao fórum para acareação no inquérito que já responde, na qual também estavam alguns policiais e quando houve o encontro o detento passou a acusar os PMs de agressão.

Segundo o promotor, durante a audiência o preso exibiu alguns ferimentos e disse que ele e alguns colegas foram agredidos na cadeia. A identificação dos policiais ainda está sendo levantada.

As agressões teriam ocorrido quando a Rotam entrou na cadeia para conter um princípio de rebelião. Os presos disseram que o protesto na cadeia começou porque um dos investigadores demorou para atender ao chamado deles. Então eles retiraram os cadeados, abriram as celas e ficaram nos corredores. A movimentação durou menos de três horas e foi controlada com a chegada da Rotam. A cadeia tem capacidade para 12 presos, mas abriga 38, segundo a Polícia Civil. O comando do 7.º BPM não teve expediente quarta à tarde, mas o plantão informou que o assunto também será investigado internamente, pois é norma apurar e contribuir com as investigações contra policiais. A Polícia Civil diz que o inquérito já foi aberto, mas ninguém foi intimado para depor ainda.

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