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Policiais prestaram depoimento nesta segunda-feira (18) | Felippe Aníbal/ Agência de Notícias Gazeta do Povo
Policiais prestaram depoimento nesta segunda-feira (18)| Foto: Felippe Aníbal/ Agência de Notícias Gazeta do Povo

A Delegacia de Homicídios (DH) instaurou inquérito policial para investigar uma denúncia segundo a qual uma viatura do 13º Batalhão da Polícia Militar (PM) teria dado cobertura à fuga de um atirador, em uma tentativa de assassinato. O caso ocorreu na manhã de domingo (17), quando um jovem de 19 anos foi atingido por dois tiros na cabeça, no bairro Novo Mundo. Os policiais militares prestavam depoimento no fim da tarde desta segunda-feira (18).

Segundo a delegada Maritza Haisi, titular da DH, a denúncia chegou à polícia ainda no atendimento da ocorrência. Testemunhas relataram que o homem que abriu fogo contra o jovem trajava roupas civis – chinelos, bermuda e camiseta –, mas após atirar contra a vítima teria entrado na viatura e os policiais militares teriam retirado o atirador do local. A DH informou que cinco pessoas já prestaram depoimento e confirmaram oficialmente esta versão.

"É um fato que está sendo apurado e que será esclarecido com a maior lisura. É de máximo interesse tanto da Polícia Civil, quando da PM, descobrir o que aconteceu o quanto antes", disse a delegada.

As testemunhas anotaram o número de identificação da viatura que teria dado cobertura ao atirador. Por meio da numeração, os policiais foram localizados e prestavam depoimento até o fim da tarde desta segunda-feira. O comandante do 13º BPM, tenente-coronel Carlos Sussumo Ota, confirmou que os militares estavam no bairro Novo Mundo, na manhã de domingo, mas disse que os PMs negaram ter ajudado na fuga.

"Eles [os policiais militares] disseram que estavam em uma abordagem, quando foram acionados para esta ocorrência. Eles dizem que chegaram ao local do crime depois dos disparos e que seguiram os procedimentos", afirmou o coronel.

Sussumo Ota acrescentou que a PM também instaurou um inquérito policial militar para apurar o caso. Durante as investigações, os dois soldados acusados continuam na ativa, mas cumprindo trabalhos administrativos. "Temos que apurar o que aconteceu, porque é um caso atípico", resumiu o coronel.

A vítima está internada no Hospital do Trabalhador, sob proteção policial. De acordo com a DH, um boletim médico recebido na tarde desta segunda-feira dava conta de que o rapaz tinha quadro clínico estável e estava fora de perigo. O jovem tem passagens na polícia por furto e por violência doméstica.

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