O Tribunal do Júri de São Paulo condenou dois policias militares acusados de envolvimento no massacre que deixou sete moradores de rua mortos, na região central de São Paulo, entre os dias 19 e 22 de agosto de 2004. O crime ficou conhecido como massacre da Sé.

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A condenação foi relativa ao assassinato de Priscila Machado da Silva, ocorrido em 23 de março de 2005 sob o viaduto do Glicério. Priscila foi testemunha da chacina e presenciou o assassinato da moradora de rua conhecida como Maria Baixinha.

O PM Renato Alves Arti­lhei­ro foi condenado a 20 anos de reclusão. O PM Sandro Cornélio de Carvalho, a 22 anos e seis meses, por ter sido considerado o responsável pelos disparos que mataram Priscila. Os dois tiveram a pena aumentada em um terço por serem policiais, e em um quarto pelos agravantes de o crime ser cometido sem possibilidade de defesa, ser violência contra mulher e por ter ocorrido abuso de poder.

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Na sentença, a juíza atribui o mesmo enunciado aos condenados. "Pela relevante função pública que exercia, de policial militar, tinha o dever de proteger a sociedade e a população e, ao contrário, realizou ataque covarde à vítima, desamparada e desprotegida, o que revela maior reprovabilidade em sua conduta." A condenação dos PMs ocorreu em janeiro deste ano. Em março, a Justiça aceitou pedido do Ministério Público e determinou a perda dos cargos dos condenados.

A denúncia cita ainda outros dois PMs envolvidos na morte de Priscila: Francisco Eduardo Peixoto e Fábio de Souza Moreira. O Júri absolveu Moreira das acusações e a Justiça determinou que ele fosse solto da prisão. Peixoto ainda não foi julgado.