Londrina O Comando-Geral da Polícia Militar expulsou da corporação os quatro policiais militares acusados de espancar até a morte o carregador Jamys Smith da Silva, no dia 18 de maio de 2005, em sua casa no Jardim Santa Fé, zona leste de Londrina. O rapaz foi agredido pelos policiais depois de ter se negado a diminuir o volume da música que era tocada em sua casa. Além da mãe, o carregador deixou um filho de 2 anos de idade.
Com o tumulto, mais de 20 policiais foram chamados e acompanharam a ação na casa de Jamys. No entanto, apenas os soldados Marco Aurélio da Silva Barbosa, Juliano Ferraz Dias, Sérgio Marcelo Souza Pinto e Jhanivaldo Zanin foram apontados como os agressores. A ação policial resultou à época na queda do então comandante da PM em Londrina, Manoel da Cruz Neto. Em entrevista, ele definiu o caso como "acidente de trabalho".
A decisão do comando foi publicada em abril, mas divulgada somente nesta semana. Os policiais ainda podem recorrer da decisão ao governador Roberto Requião. Segundo o Inquérito Policial Militar, a atuação dos policiais afetou "o padrão de disciplina ético-moral exigida para o sucesso profissional, objetivo maior da instituição, agindo em desacordo com os preceitos legais e regulamentares, afetando o pundonor (dignidade) militar e comprometendo o decoro".
A mãe de Jamys Smith Silva, Sueli Aparecida Paula Teodoro, 41 anos, soube da exclusão dos policiais pela imprensa. Para ela, a Justiça deverá ser feita somente quando for concluído o inquérito criminal, que ainda corre na 1.ª Vara Criminal de Londrina. "O meu coração só vai sossegar quando eles forem presos como qualquer outro assassino. Mesmo assim, o meu filho não vai voltar", disse. Sueli ainda aguarda a decisão da Justiça no processo cível, com o pedido de indenização e pensão para ela e o filho de Jamys Smith da Silva.
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