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Cartão distribuído pela Delegacia de Homicídios | Reprodução
Cartão distribuído pela Delegacia de Homicídios| Foto: Reprodução

"Não espere ser a próxima vítima. Colabore com a comunidade: denuncie os criminosos", pede o novo cartão da Delegacia de Homicídios (DH), que começou a ser distribuído nesta quarta-feira (29) em Curitiba. Trata-se de uma nova ação da Polícia Civil para angariar mais informações da população. Os investigadores têm ordens de fazer a panfletagem do impresso, que traz também os telefones e endereço da delegacia, para as pessoas que vivem e moram perto do local do crime, além dos curiosos que tradicionalmente ficam em volta da área isolada pela polícia nos casos de assassinato. "Estamos contando com a colaboração popular, já que ninguém faz nada sozinho", disse o delegado-titular da DH, Hamilton da Paz. "Fazemos de tudo para conseguir informação".

Nem só os dados sobre o assassino são determinantes para a investigação. Os levantamentos da Polícia Civil também abarcam a vida da vítima. Todos os dados levantados pela polícia são indexados no inquérito, que por sua vez é enviado ao Ministério Público. Quanto mais informações, mais argumentos tem o promotor no momento de pedir a punição do criminoso à Justiça. A DH garante o sigilo da identidade do informante. "Não quero saber o nome de ninguém, quero só a informação", assegura Paz, que mandou produzir 5 mil cópias do cartão na gráfica da Polícia Civil.

A estreia do cartão de 10,5 por 4,5 centímetros feito com papel reciclado se deu no início desta manhã no bairro Tinguí, onde dois homens foram assassinados em um beco localizado na Rua Brasílio Bacelar Filho. Julio Cesar Ribeiro dos Santos, conhecido como Julinho, e Iran Pedro Lima de Cordova, ambos de 28 anos, foram atingidos com vários tiros de pistola calibre ponto 40.

Segundo um homem que estava com as duas vítimas na hora do crime falou à polícia, os disparos foram realizados por ocupantes de um carro Uno branco. A testemunha conseguiu se salvar por ter percebido as armas com os suspeitos momentos antes deles começarem a atirar, de acordo com depoimento dado à Polícia Militar.

Algumas horas depois surgiu outra oportunidade para a distribuição do informativo na rua Capitão Amin Neves, bairro Alto do Boqueirão, na outra ponta da cidade, onde um vendedor de assinaturas de revistas foi assassinado às 11h30. Clovis Ribeiro dos Santos, 42 anos, foi atingido com pelo menos cinco disparos ao atender um chamado de um homem desconhecido que estava em um Gol branco. O suspeito teria chamado Santos pelo primeiro nome, segundo testemunhas disseram à DH.

Segundo o superintendente Odimar Klein, ainda não é possível estabelecer uma linha de investigação. "Não era usuário de drogas, não tinha muitos inimigos. Temos que escutar os familiares antes de dizer qualquer coisa", afirmou Klein. O delegado Hamilton da Paz, autor do texto impresso no cartão, disse ter recebido ligações sobre ambos os casos, mas afirmou que não ter certeza se as chamadas foram motivadas pelo panfleto.

Erro

Um dos três números colocados no cartão está errado. O telefone 3363-0121 teve um dos dígitos alterado - a reprodução nesta página foi corrigida por meio de um editor de imagens. O número que está no cartão é de uma residência.

Segundo o delegado Hamilton da Paz, que foi informado do erro pela reportagem, o equívoco se deu na gráfica. Os investigadores corrigirão o telefone com caneta até que uma nova tiragem seja feita.

Serviço: Casos de assassinatos em Curitiba são investigados pela Delegacia de Homicídios, licalizada na Avenida Sete de Setembro, 2077, Centro. Telefones para contato: (41) 3363-0121, 3262-7837 e 3262-2641.

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