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A apreensão de 1,1 quilo de esmeraldas, avaliadas em aproximadamente R$ 150 mil, surpreendeu a polícia de Curitiba. No Paraná – ao contrário do que ocorre em Minas Gerais e no Mato Grosso – o confisco do material é raro, já que o estado não está na rota do tráfico de pedras preciosas. As esmeraldas foram encontradas na casa do pai de Michel Romão Rypshinski Júnior, 36 anos, preso na semana passada sob acusação de tráfico de drogas.

No carro de Michel, a polícia encontrou 2,1 quilos de crack puro – o suficiente para a produção de 1,2 mil pedras do entorpecente, segundo informou o delegado Rogério Martin de Castro, da Delegacia de Antitóxicos de Curitiba. Uma pistola calibre "ponto 40", que pertencia a um policial, também foi encontrada junto com a droga. A arma teria sido roubada durante uma fuga de presas do 9.º Distrito Policial, no dia 17 passado.

Um mandado de busca e apreensão permitiu a entrada da polícia na casa do acusado, no bairro Mossunguê, onde foram encontrados vários aparelhos eletrônicos, celulares, munição de diversos calibres, um frasco de solvente (utilizado para misturar o crack), uma balança de precisão e um uniforme de uma empresa de transporte de valores. Outro mandado de busca e apreensão levou à apreensão das pedras preciosas. "Elas estavam em uma maleta na casa do pai do traficante, que, a princípio, não será indiciado, já que o filho admitiu ser o dono da mercadoria", explica Castro. De acordo com o delegado, as pedras foram extraídas na Bahia, passaram por São Paulo e chegaram ao Paraná pelas mãos de um tio de Rypshinski. "Ele (Rypshinski) diz que pegou as pedras como pagamento de um veículo, mas estamos investigando isso", conta Castro.

Nas delegacias especializadas do Paraná não há queixas sobre roubo de esmeraldas. Uma análise preliminar da polícia indicou que as pedras são verdadeiras. "Juntando-se as esmeraldas, a droga e os demais materiais apreendidos, chega-se à quantia de R$ 300 mil", afirma o delegado. Rypshinski já respondia a processo por porte ilegal de arma.

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