Corsa Classic recolhido na Dedetran conduzia avó, filha e neto que morreram no acidente| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo

Casos de repercussão

Outros acidentes com suspeita de embriaguez e mortes causaram comoção em Curitiba:

Bibinho

Em dezembro de 2009, Eduardo Abib Miguel, filho do ex-diretor da Assembleia Legislativa, Eduardo Abib Miguel, se envolveu em um acidente no cruzamento da Rua Francisco Rocha com a Avenida Batel. A caminhonete Pajero que ele conduzia colidiu com um Citroën C3, com placas do Rio de Janeiro. No acidente, morreram Thayná da Silva Arcângelo, de 18 anos, Clóvis José de Jesus, de 39 anos, Alexandre Cuesta da Silva, de 29 anos, e Ana Karin Quintanilla Manzo, de 19 anos. Ele chegou a ser preso em flagrante, mas acabou liberado. Em novembro de 2010, o Ministério Público ofereceu denúncia crime acusando Eduardo de homicídio com dolo eventual. Em outubro de 2011, a Justiça determinou que ele respondesse pelos crimes de homicídio simples e de lesão corporal no Tribunal do Júri. O advogado de Eduardo, Eurolino Sechinel dos Reis, recorreu da decisão e o caso foi analisado no Tribunal de Justiça, que desclassificou para homicídio culposo e remeteu o caso para a Vara de Delitos de Trânsito. O acórdão deve ser publicado ainda nesta semana e é passível de recurso por parte do Ministério Público e da assistência de acusação.

Caso Carli

O ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho responde por duplo homicídio doloso eventual (quando o agente assume o risco de cometer o delito), pela morte de dois jovens, Gilmar Rafael Souza Yared e Carlos Murilo de Almeida, em acidente de trânsito ocorrido em 2009, no cruzamento das Ruas Monsenhor Ivo Zanlorenzi e Paulo Gorski, no bairro Mossunguê. O caso chegou a ter uma data de julgamento marcada para março no Tribunal do Júri, mas uma série de recursos e liminares obtidas pela defesa não permitiu que esse julgamento fosse iniciado. A última decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a suspensão do julgamento da validade do teste de alcoolemia. A expectativa é de que o caso seja julgado apenas no próximo ano.

CARREGANDO :)

A Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) analisa imagens de câmeras de segurança que registraram o momento do acidente que matou três pessoas da mesma família na madrugada de domingo, no bairro Rebouças, em Curitiba. O objetivo é checar o momento em que cada veículo cruzou os semáforos, para determinar quem avançou o sinal vermelho.

O delegado titular da Dedetran, Rodrigo Brown, diz que as gravações mostram que o Corsa Classic que trazia as vítimas vinha pela Rua Alferes Poli em baixa velocidade e passou pelo cruzamento no momento em que o semáforo mudava do amarelo para o vermelho. Já o Ford Ka, conduzido por Eduardo Vítor Garzuze, de 24 anos, acusado de ser o causador do acidente, vinha em alta velocidade pela Avenida Silva Jardim e passou no local no instante que o sinal mudava do vermelho para o verde.

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A polícia ainda quer ouvir testemunhas, principalmente um outro motorista que havia se envolvido em uma colisão com Garzuze poucas quadras antes do local do acidente. Esse terceiro motorista teria perseguido o Ká.

Embriaguez

Segundo o advogado Daniel Bernardi Boscardin, que representa Garzuze, o rapaz havia saído do trabalho, na loja de conveniência de um posto de gasolina, antes de se envolver na sequê­ncia de acidentes. Na primeira colisão, em que só houve danos materiais, Garzuze teria sido agredido pelo outro motorista, motivando a fuga, segundo o advogado. Sobre o avanço de sinal, Boscardin disse que quer ter acesso às imagens de segurança e depoimentos antes de se pronunciar a respeito.

Sobre a informação de que Garzuze apresentava hálito etílico, relatado pelos policiais que atenderam a ocorrência e registrado no prontuário médico, o advogado argumentou que o rapaz é diabético e, via de regra, não pode beber. Essa resposta só será obtida com o resultado do exame de alcoolemia. Garzuze está internado no Hospital do Trabalhador.

Velório

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Foram enterradas ontem, em São José dos Pinhais, as três vítimas do acidente: a costureira Lorena Araújo Camargo, de 47 anos; sua filha, Gabriele Empinotti, 23 anos; e o neto Igor Empinotti de Oliveira, 9 anos.

O noivo de Gabriele, Jackson Adriano Ferreira, de 31 anos, que também estava no Corsa, segue internado no Hospital Evangélico se recuperando de fraturas nas costelas. Ele ainda não sabe que a família morreu no acidente.