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A Polícia Civil de Agudos, no interior de São Paulo, procura um adolescente de 17 anos que matou dois homossexuais e se preparava para matar um terceiro nos próximos dias. O adolescente fugiu após a polícia encontrar o corpo de uma das supostas vítimas, de 15 anos, morto a facadas, em um reflorestamento de pinus, na zona rural da cidade.

A vítima, que vivia com os avós em Agudos, estava desaparecido desde sábado, dia 29 de março. A polícia suspeitava de sequestro e o pai do garoto, que mora em São Paulo, chegou a distribuir fotos do filho em Agudos e cidades próximas, na tentativa de localizá-lo. Na quarta-feira, 2, porém, a polícia prendeu outro adolescente, de 15 anos, que confessou ter participado da morte do rapaz. "Esse menino nos contou que (o menor) só matou [o adolescente] porque este era apaixonado por ele", descreveu o delegado titular de Agudos, Jader Biazon.

"Ele (o menor preso) também nos contou que o criminoso pretendia matar outro adolescente de 15 anos antes que a polícia localizasse o corpo", acrescentou o delegado. "Nossas equipes constataram que realmente ele estava aliciando o menino, que inclusive não estava mais indo à escola". Segundo Biazon, o Juizado decretou a internação dos dois adolescentes acusados pelo crime.

Antes do adolescente, o menor de 17 anos já tinha sido condenado a pena de internação por matar o empresário Valdinei Rocha, de 56 anos, dono de fábricas de toldos e coberturas. Rocha, que segundo Biazon, era homossexual e teria tido um relacionamento com o rapaz, foi morto em 17 de março de 2013 com 16 golpes de faca.

O adolescente foi condenado a cumprir internação com prazo indeterminado, da qual deveria ser liberado só depois de completar 18 anos. "No entanto, o Tribunal de Justiça (TJ) reformou a sentença em semiliberdade, o que o possibilitou que ele conhecesse a outra vítima e tramasse o crime", contou o delegado. No dia 27 de março, o Juizado de Menores de Marília libertou o menor - e dois dias depois, segundo a polícia, ele matou o adolescente.

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