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A Polícia Civil conseguiu capturar a imagem de 11 suspeitos de participar do roubo milionário à fábrica da Samsung, em Campinas (a 93 km de São Paulo), na madrugada de segunda-feira (7).

O rosto de parte dos assaltantes havia sido gravado pelas câmeras do circuito interno da fábrica, localizada às margens da rodovia Dom Pedro 1º (SP-065). A polícia diz agora que até 15 pessoas podem ter participado do roubo.

No entanto, ninguém foi identificado até o momento. "Estamos analisando as imagens para chegarmos até eles", disse o delegado titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Carlos Henrique Fernandes.Para isso, as imagens serão cruzadas com fichas criminas dos arquivos da polícia. Também serão solicitadas imagens do banco de dados da Polícia Federal.

Segundo o delegado, os suspeitos detinham informações privilegiadas, incluindo detalhes do sistema de logística da fábrica. Por isso, ele não descarta a participação de funcionários no crime.

Na segunda-feira e hoje, funcionários e seguranças prestaram depoimento à polícia.Para concretizar o roubo, a quadrilha rendeu primeiramente uma van que transportava funcionários. Eles utilizaram o mesmo veículo para acessar o interior da fábrica. Ninguém se feriu na ação.Segundo o delegado Sandro Jonasson, que também participa das investigações, parte dos seguranças da fábrica foi rendida pelos criminosos, que utilizaram um tipo de armamento de cano "longo", ainda não identificado.

Com uma ação articulada que durou quatro horas, a quadrilha rendeu pelo menos 50 funcionários e roubou 40 mil equipamentos eletrônicos - entre smartphones e tablets - que foram transportados em sete caminhões.De acordo com a polícia, um representante da Samsung estimou em R$ 80 milhões o valor dos produtos roubados. Horas depois, a própria empresa corrigiu o valor para R$ 14 milhões.

"Oficialmente, a empresa ainda não nos repassou nenhuma lista com a relação dos produtos e valor de cada um deles", explicou Jonasson.

A Polícia Civil também investiga se a quadrilha é a mesma que, em dezembro do ano passado, comandou um roubo em um galpão que guardava equipamentos eletrônicos da multinacional sul-coreana.

No inquérito policial, imagens do circuito das concessionárias das rodovias da região também serão analisadas.

Para a polícia, que trata o caso como roubo de cargas, o grupo pode ter se dispersado após o crime.

Consulado

Na manhã desta terça-feira (8), representantes do consulado sul-coreano e um representante da sede da Samsung estiveram na DIG para acompanhar as investigações.

Além da unidade de Campinas, a Samsung tem outra fábrica no Brasil, em Manaus.

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