Tabela de remuneração dos delegados| Foto:
Tabela de remuneração da Polícia Científica para 2012
Tabela de remuneração da Polícia Militar para 2012
Tabela de remuneração da Polícia Civil para 2013
Tabela de remuneração da Polícia Civil para 2012

A Polícia Científica anunciou, na tarde desta sexta-feira (9), que aceita a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo do Paraná no dia 1º de março. Na última quarta-feira (7), o governo informou que as negociações com os policiais estavam encerradas, apesar de as propostas apresentadas às polícias Militar, Civil e Científica terem sido inicialmente rejeitadas pelas categorias. Policiais militares e civis se dizem insatisfeitos com a decisão.

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A determinação da Polícia Científica veio após uma assembleia, realizada na tarde desta sexta, em Curitiba. Segundo o Sindicato dos Peritos Oficiais e Auxiliares do Paraná (Sinpoapar), houve avanços no relacionamento com o poder público, mas, mesmo com a aceitação da proposta, os policiais consideram "os valores muito aquém do pleiteado inicialmente para a classe".

De acordo com o presidente do Sinpoapar, Ciro Pimenta, o Estado está iniciando um processo de reconhecimento e valorização do trabalho da Polícia Científica. A classe, porém, ainda procura solucionar algumas dúvidas sobre o reenquadramento de servidores e questões sobre progressão na carreira.

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Polícia Civil

O Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol) lamentou o fim das negociações e deve realizar, na próxima semana, uma assembleia para deliberar sobre a decisão do governo. Na pauta da reunião deve estar a possibilidade de a categoria voltar ao indicativo de greve. Segundo o presidente do sindicato, André Gutierrez, as reposições aos policiais de 5ª classe (em início de corporação) são consideráveis, mas os reajustes perdem a força conforme a progressão de carreira.

Na noite de terça-feira (6), os policiais civis do Paraná haviam rejeitado os valores apresentados, em decisão definida em assembleia realizada pelo Sinclapol. A categoria teria decidido apresentar uma contraproposta ao governo na semana seguinte e, caso ela fosse rejeitada, os policiais civis retomariam o indicativo de greve.

A contraproposta iria estabelecer subsídio de R$ 4,7 mil ao investigador de 5ª classe (policial em início de carreira), R$ 700 a mais que os R$ 4 mil ofertados pelo governo na tabela rejeitada pelos policiais.

Polícia Militar

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Para o presidente da Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares (Amai), coronel Elizeu Furquim, não se pode falar em negociações com o governo, já que, segundo ele, não houve negociação.

"Tivemos uma reunião para ver a segunda tabela apresentada e rejeitamos aquela monstruosidade. Sobre a terceira tabela tivemos conhecimento por terceiros, e não pelo governo. Então não pudemos discutir e não é uma tabela nossa, é uma imposição", diz. "Não queremos nos revoltar e faremos apenas manifestações pacíficas, mas internamente estamos revoltados", completa.

Segundo Furquim, a categoria deve realizar uma manifestação na noite da próxima quarta-feira (14), em frente à Assembleia Legislativa do Paraná e do Palácio Iguaçu, para demonstrar a insatisfação. O próximo passo, segundo a Amai, é ir para a justiça. "Entendemos que o que vem sendo feito não é correto e não está nos padrões da legalidade. Poderia ser um governo de diálogo, mas não é", afirma Furquim. "Mas teremos a oportunidade de dar, também, uma resposta eleitoral. O grupo insatisfeito dará uma resposta com efeito nas urnas", conclui.

Governo

Segundo o secretário de Administração e Previdência, Luiz Eduardo Sebastiani, alguns redutos das policias ficaram satisfeitos com as tabelas apresentadas pelo governo e a agitação se resume a alguns grupos. Quanto ao fim das negociações, Sebastiani afirmou que o governo teria chegado ao seu limite. "É a reafirmação do que já havia sido exposto publicamente: o governo foi ao limite. Diante de todas as possibilidades estabelecidas os avanços ofertados foram importantes", disse.

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A partir de agora, a administração estadual deve redigir o anteprojeto de lei que fixa a nova forma de pagamento, tomando como base as tabelas ofertadas às forças policiais (ver anexos). O texto final deve ser encaminhado à Assembleia Legislativa (Alep) nas próximas semanas. "Os valores foram estabelecimentos em diálogo com representantes das categorias. Era o que era possível oferecer. Contamos com a compreensão e entendimento de todos", afirmou o secretário.