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| Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Operação policial faz arrastão para prender assassinos no bairro Cajuru.| Foto: Gazeta do Povo

Quatro homens foram presos e um adolescente foi apreendido na manhã desta quarta-feira (17) no bairro Cajuru, em Curitiba, durante uma operação da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, para tentar conter o alto número de assassinatos na região. Entre 2013 e 2014, este tipo de crime cresceu 31% no Cajuru. O bairro registrou 48 homicídios no ano passado, quase 10% do total ocorrido na cidade inteira. É a terceira localidade mais violenta de Curitiba, atrás apenas da Cidade Industrial de Curitiba (CIC), com 84 homicídios, e do Sítio Cercado, com 56.

A operação foi deflagrada no final desta madrugada, com apoio da Polícia Militar, para cumprir 30 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão preventiva. Deste total de mandados de prisão, dois foram cumpridos. Outros dois foram detidos com maconha em casa e um colete considerado proibido. No entanto, estes dois, segundo a polícia, também são considerados suspeitos de homicídios. O adolescente foi levado pela polícia também em razão de também estar com maconha. O caso dele deve ser encaminhado para a Delegacia do Adolescente de Curitiba. Oito suspeitos com mandados de prisão pela operação ainda estão foragidos.

O delegado-adjunto da DHPP, Francisco Caricati, informou que todos os foragidos e os já detidos são acusados de assassinatos cometidos dentro do próprio bairro. Apesar disso, a polícia não divulgou o total de homicídios e também preferiu não divulgar os nomes dos presos. “Esses homicídios são situações de acertos de tráfico e usuários”, disse. De acordo com ele, a ação faz parte de um planejamento estratégico da DHPP, que tem cruzado dados de suspeitos e crimes ocorridos nas regiões com mais assassinatos. O policial afirmou mais operações como esta devem acontecer na cidade.

Resultados na Vila Torres

Caricati defendeu esse “novo” planejamento da polícia e ressaltou que tem dado resultado. Segundo ele, depois de ações semelhantes da Vila Torres, a localidade registra uma marca importante: dois meses sem homicídios.

A Vila Torres registrou no entre julho de 2013 e janeiro deste ano, a disputa entre as gangues “de Cima” e “de Baixo”, que deixou um rastro de 40 homicídios. O pico de violência aconteceu no último dia do ano passado, no caso que ficou conhecido como chacina do Walmart. Naquele dia, seis pessoas da gangue “de Cima”, chamada também de “Chicarada”, foram assassinadas no estacionamento do supermercado (cinco morreram no local e um no hospital).

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