• Carregando...

Presos de Foz do Iguaçu, no Oeste, são acomodados em carceragem interditada

Com a Cadeia Pública Laudemir Alves interditada desde agosto, a polícia civil de Foz do Iguaçu, no Oeste, teve de reativar a carceragem da delegacia central para abrigar os novos presos. O problema é que o local também estava interditado pela vigilância sanitária, segundo o delegado Alexandre Marcorin. Na carceragem estão 23 presos, que reclamam por não poder tomar banho e usar o banheiro em razão das condições precárias do local. A polícia informou que nesta sexta-feira (10) 21 presos foram transferidos para o cadeião.

Na sede da Polícia Federal de Foz do Iguaçu a situação é semelhante. O local abriga 59 presos, enquanto a capacidade é para 14 pessoas. Por determinação judicial, a cadeia pública só pode receber um novo detento quando um antigo sair. Com isso, a situação na cidade é delicada e a tendência é de as carceragens ficarem mais lotadas.

A Cadeia Pública está interditada desde o dia 9 de agosto, por causa da superlotação, falta de funcionários e estrutura precária. De acordo com o telejornal ParanáTV 2ª Edição, da RPCTV, a juíza Luciana Assad Luppi Ballalai determinou um prazo de 10 dias para o início das obras de reforma, mas passado um mês do despacho, nada aconteceu.

Problemas

O cadeião de Foz sofre com a superlotação. Com capacidade para 152 presos, abrigava 325 pessoas quando a cadeira foi interditada em agosto. Dos presos, 154 são mulheres e existe apenas uma agente feminina trabalhando. Elas estão confinadas em apenas duas galerias, com sete celas cada, onde deveriam estar pouco mais de 70 presas provisórias.

Com metade das galerias desativada depois de um incêndio em 2006, o cadeião sofre com problemas de instalação elétrica e hidráulica. Segundo a Vigilância Sanitária do município, as condições são precárias e precisam ser solucionadas urgentemente. A situação também foi relatada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) durante o Mutirão Carcerário promovido no Paraná entre os meses de fevereiro e maio. A cadeia também abriga presos encaminhados pela justiça federal.

A última interdição foi determinada em julho de 2008 pelo então juiz da Vara de Execuções Penais, Celso Thaumaturgo, quando a cadeia havia atingido a marca de 800 detentos. Na época, a unidade ficou impedida de receber presos durante 20 dias. Sem que o problema fosse resolvido no prazo, a decisão foi prorrogada por mais 20 dias. As ameaças de rebelião só foram controladas com a transferência de cerca de 400 presos para o CDR, inaugurado dois meses depois.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]