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Depois de dois dias de prisões e apreensões feitas durante a Operação Comboio, conduzida em 11 cidades paranaenses e em uma do Mato Grosso do Sul, policiais civis continuam atrás de 11 pessoas envolvidas com roubos de caminhões e seqüestro de motoristas em seis estados brasileiros. Entre elas está Claudiomir José da Silva, conhecido como Mano, apontado como o principal receptador de veículos e cargas roubados no Brasil.

As investigações apontam que Mano mora em Salto Del Guairá, no Paraguai, e seria responsável por controlar as ações de quatro quadrilhas desarticuladas pela polícia. Além disso, ele comandaria um quinto grupo. "Acreditamos que ele possua equipamentos sofisticados para rastrear sinais da polícia. Com as informações coletadas, ele orientava passo a passo as quadrilhas, evitando armadilhas policiais", afirma o delegado Alexandre Bonzatto, do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce).

O secretário estadual da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, divulgou ontem um balanço parcial da operação. Até agora, são 21 pessoas presas, 26 casos elucidados e um prejuízo total de aproximadamente R$ 6,4 milhões às vítimas.

Outros dois homens apontados como líderes de grupos que encontram-se foragidos são Aparecido Fernandes da Costa, o Cido, e Leandro Rodrigues, conhecido como Preto, e também dois acusados de chefiar outras quadrilhas – Cícero dos Passos, o Batman, e Leonor Monteiro, conhecido como Véinho.

Ontem, a polícia começou a ouvir os depoimentos dos acusados presos em Cascavel, Maringá e Curitiba, e deu continuidade ao cumprimento dos 46 mandados de busca e apreensão no interior do estado. Em Londrina, foram apreendidos dois carros e um caminhão pertencentes ao grupo de Cido. No total, são 13 veículos retidos que seriam usados nos assaltos. Além disso, entre o material estão duas armas, munições, celulares, vários documentos e R$ 2 mil em dinheiro.

A polícia já vinha investigando os grupos há oito meses. Segundo o secretário Delazari, o trabalho da polícia se baseou principalmente em serviços de inteligência. A operação aconteceu simultaneamente nos municípios paranaenses de Cascavel, Toledo, Guaíra, Maringá, Londrina, Campo Mourão, São Jorge do Ivaí, Curitiba, Araucária, Santa Izabel do Oeste e Barracão, e em Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul.

As quadrilhas agiam em seis estados – Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Bahia e Espírito Santo.

Segundo a polícia, os grupos escolhiam suas vítimas em postos de combustíveis. Uma pessoa ficava escondida atrás da cabine do caminhão e, na estrada, fazia com que o motorista parasse o veículo. O caminhoneiro era mantido refém em um matagal durante quase um dia, e só era liberado depois que o veículo cruzasse a fronteira com o Paraguai e fosse entregue a Mano. Este, por sua vez, entrava em contato com a vítima, passando-se por policial, e pedia uma recompensa pela devolução.

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