Rio No terceiro dia da Operação Cerco Amplo, agentes da Força Nacional de Segurança (FNS) responderam às provocações dos traficantes com tiros e a derrubada de um muro de concreto usado como escudo pelos bandidos da Favela da Fazendinha, no Complexo do Alemão (zona norte do Rio), que voltaram a exibir fuzis e pistolas à luz do dia. Quinta-feira os marginais chegaram a dançar com as armas a 500 metros dos policiais.
Apesar da resposta ao deboche dos criminosos, o efetivo da Polícia Militar que participava da ação com o cerco do conjunto de favelas diminuiu e à tarde alguns acessos da Vila Cruzeiro, na Penha, não contavam com nenhum patrulhamento. "Vamos apurar se houve algum erro, porque a orientação é manter o cerco. A diminuição do efetivo foi um passo tático. Vamos nos concentrar no Complexo do Alemão, pois ali é o berço da violência e do narcotráfico. Nossas ambições são muito maiores e incluem a mudança da arquitetura local, mas se não retirarmos o tráfico, não teremos sucesso", declarou o superintendente de Planejamento Operacional da Secretaria de Segurança Pública, Mário Sergio Duarte.
A operação já contou com 450 homens, agora tem 250 policiais, sendo 140 da FNS. O muro erguido pelos traficantes no meio da Rua Antônio Austragésylo foi demolido pelo carro blindado do Batalhão de Operações Especiais (Bope) por volta das 9h30, após os criminosos receberem os agentes da FNS a tiros. Mesmo após a derrubada, os bandidos voltaram ao local e foram rechaçados a tiros por um agente da FNS que usava um fuzil com mira telescópica. "Eles passam armados usando moradores como escudos para não atirarmos", revelou um policial.
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