A Polícia Civil do Rio de Janeiro realiza, na manhã desta quarta-feira, a Operação Conta Encerrada, em conjunto com a polícia de Minas Gerais. Os agentes cumprem mandados de busca e apreensão com o objetivo de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro de uma das quadrilhas do tráfico de drogas do Complexo do Alemão, comanda por Marcelo da Silva Soares, o Macarrão, que durante a fuga da comunidade, em novembro do ano passado, acabou deixando para trás a prótese de uma de suas pernas. Em agosto deste ano, Macarrão foi preso com outros quatro traficantes nas instalações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na Zona Norte do Rio.

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De acordo com a polícia, as investigações começaram após policiais apreenderem comprovantes bancários e anotações do tráfico em Maricá, município cuja venda de drogas era controlada por Marco Aurélio da Silva Soares, o Cocadinho, irmão de Macarrão. As investigações apontaram que moradores do Complexo faziam depósitos fracionados e sucessivos, com valores não compatíveis com suas rendas, em contas correntes de empresas fantasmas de Belo Horizonte que seriam do ramo mercantil. Em dez meses, foram movimentados cerca de R$ 80 milhões em aproximadamente 20 contas correntes. Nesta manhã, estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão no Complexo do Alemão, Olaria, Anchieta e Cordovil. Em Minas Gerais, a polícia cumpre quatro mandados de prisão, entre um contra Macarrão, que já está preso, e outro contra o irmão dele. Os outros procurados são os responsáveis financeiros das empresas. A 2ª Vara Criminal de Maricá decretou o sequestro dos saldos e também bloqueou R$ 5 milhões e as contas correntes que faziam parte do esquema de lavagem de dinheiro. As investigações foram realizadas pelo Núcleo de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (NUCC-LD), em parceria com a Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), e com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).