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Ponta Grossa – A Polícia Florestal do Paraná desarticulou ontem um grupo que traficava pássaros silvestres no estado. A ação foi realizada em São Luiz do Purunã (45 Km de Curitiba) e em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais. Ao todo, 1.014 aves, entre pintassilgos e canários, foram apreendidas. Elas estavam em poder de Ricardo Fontolan e dos irmãos Elias e Elder Ferreira. Dos três, apenas Elder continua foragido.

A apreensão começou na noite de segunda-feira, com a colaboração da Polícia Rodoviária. Fontolan foi preso com 480 pássaros escondidos no porta-malas do seu carro, em um trecho da BR-376, em São Luiz do Purunã. Há duas semanas, ele já havia sido preso pela Polícia Florestal em um distrito de Ponta Grossa, com 745 pássaros silvestres escondidos no mesmo carro. Fontolan foi solto e respondia ao processo de crime ambiental em liberdade.

Ao ser preso novamente, Fontolan indicou para os policiais os caçadores dos pássaros silvestres. Na manhã de ontem, Elias Ferreira foi preso em casa, no bairro Santa Bárbara, na periferia de Ponta Grossa. O irmão dele conseguiu escapar durante a ação. Na casa havia 534 pássaros, além de armadilhas, gaiolas, munição e equipamentos de caça. Os irmãos também serão investigados pelo crime de roubo e contrabando de cigarros. Aparelhos de som, CDs e 134 maços de cigarro estavam escondidos no forro da casa.

De acordo com informações dos presos, Fontolan comprava os animais em Ponta Grossa a R$ 7, cada, e revendia em São Paulo ao preço médio de R$ 100. "Finalmente conseguimos desmantelar esse grupo grande e bem equipado", afirma o comandante da Polícia Florestal da cidade, Gilson Dias, que investigava a ação do trio na região. Fontolan e Elias Ferreira responderão ao processo em liberdade e foram multados em R$ 240 mil e R$ 277 mil, respectivamente. A pena para esse crime varia de seis meses a um ano de prisão.

Ao todo, 41 aves silvestres foram encontradas mortas. Os pássaros apreendidos serão soltos no Parque Estadual de Vila Velha. Os que estão machucados foram levados para um criadouro particular em Telêmaco Borba, na região dos Campos Gerais, onde passarão por uma triagem e receberão tratamento adequado, antes de retornarem ao habitat natural. Segundo Dias, as investigações e ações da Polícia Florestal continuarão na região, que é considerada rota de tráfico de animais silvestres.

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