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Vídeo | Reprodução / Paraná TV
Vídeo| Foto: Reprodução / Paraná TV

Cascavel – A Polícia Federal (PF) descobriu dois depósitos lotados de cigarros contrabandeados do Paraguai em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná. Nos galpões, os policiais apreenderam, anteontem, cerca de 2 mil caixas de cigarros, uma das maiores apreensões feitas neste ano pela PF no estado. A carga foi avaliada entre R$ 350 mil e R$ 400 mil. Três pessoas foram presas. Para a polícia, os criminosos estão aliciando os agricultores para guardar os produtos contrabandeados em suas propriedades rurais.

As apreensões ocorreram no distrito de Bom Jardim, interior da cidade. O município é considerado a nova rota para os contrabandistas, depois do aperto da fiscalização do governo brasileiro na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu, e em Guaíra, tradicionais rotas do contrabando de armas, munições, drogas e outras mercadorias oriundas, em sua maioria, do Paraguai. De acordo com investigações da PF de Cascavel, os criminosos estão instalando portos clandestinos em Marechal Cândido Rondon, banhado pelo lago de Itaipu, para descarregar as mercadorias, principalmente cigarros.

"Os cigarros são trazidos do Paraguai através de barcos que atravessam com facilidade o lago de Itaipu e descarregam nas margens brasileiras, de onde são transportados por galpões na região de Marechal Cândido Rondon", explicou Milton Fantucci, da Delegacia da PF de Cascavel.

Na ação de anteontem, foram detidos Vigant Vitório Schimidt, Ildo Frederico Sommer e Ereci Klein, todos moradores de Marechal Cândido Rondon. Eles seguiram para a delegacia local. Além das 2 mil caixas de cigarros, os policiais apreenderam um caminhão Mercedes-Benz e um Honda Civic. O carro estava equipado com rádios transmissores que a PF acredita serem utilizados na comunicação entre os contrabandistas.

Na operação, os policiais localizaram até acampamentos nas margens do lago de Itaipu, acreditando que eles estariam servindo de abrigo para os contrabandistas, principalmente nas ações à noite ou em dias chuvosos. De acordo com investigações da polícia, os produtos apreendidos seriam comercializados no estado de São Paulo. Os cigarros contrabandeados do Paraguai não têm nenhum controle de qualidade ou da vigilância sanitária e são vendidos, na maioria das vezes, em camelôs, bares e restaurantes da periferia das grandes cidades.

Segundo a Associação de Combate ao Mercado Ilegal, o contrabando de cigarros no Brasil movimenta R$ 56 bilhões por ano, eliminando cerca de 2 milhões de empregos. Além disso, contribui para a sonegação de impostos aos cofres públicos, o que causa um prejuízo estimado de R$ 8,4 bilhões.

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