A primeira tentativa de fazer o retrato foi interrompida, pois a jovem se emocionou ao fazer a descrição do criminoso
A Polícia Civil divulgou na tarde desta terça-feira (10) o retrato falado do homem que matou Osíris del Corso e baleou a namorada dele no Morro do Boi, em Caiobá, no Litoral do Paraná. O crime ocorreu no último dia 31 de janeiro quando o casal foi atacado em uma trilha que leva à Praia dos Amores e, segundo o delegado Luiz Alberto Cartaxo Moura, a polícia já teria quatro suspeitos do crime.
O autor do crime teria pele clara, cabelo preto com calvície, olhos castanhos escuros, altura entre 1,75 e 1,85 metro, peso entre 100 e 120 kg, considerado gordo, aproximadamente 30 anos de idade, rugas de expressão entre os olhos e poucas rugas de expressão na testa e nos cantos externos dos olhos, além de mãos grossas e passos lentos. Ele estava bem vestido com uma camiseta amarela e uma bermuda e apresentava pelagem tanto nos braços quanto nas pernas. O criminoso apresentava sotaque do interior do Paraná, o que significa que provavelmente tenha vivido na região, embora a polícia acredite que ele seja morador do litoral. Ele é considerado intelectualmente fraco, sem rapidez de raciocínio, pela polícia, além de ter um tom de voz mediano, nem tão grave nem tão agudo.
O retrato falado foi feito com base nas conversas de policiais com a jovem, que permanece na UTI de um hospital em Curitiba. A primeira tentativa de fazer o retrato na sexta-feira (6) foi interrompida, pois ela se emocionou ao fazer a descrição do criminoso. Mais tarde, a equipe do Instituto de Criminalística conseguiu retomar a operação com sucesso. A jovem também reconheceu a camiseta amarela encontrada pelos policiais na trilha e que foi utilizada por cães farejadores para descobrir a rota que o assassino percorreu dentro da trilha.
Jorge Werzbitzky, perito responsável pelo retrato falado, afirmou que a imagem apresenta 90% de precisão e que de 70 a 80% dos casos em que um retrato falado é confeccionado resultam na prisão do suspeito.
Em entrevista coletiva concedida na tarde desta terça-feira, o delegado Luiz Alberto Cartaxo Moura afirmou que houve uma luta corporal entre a jovem, que é praticante de artes marciais, e o criminoso. O delegado afirmou que a investigação foi expandida para além dos limites do litoral com a participação de 16 investigadores, cinco delegados, além do apoio do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e da Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba. Cartaxo acredita que está muito perto de identificar o criminoso.
Tragédia
O crime aconteceu na tarde do dia 31 de janeiro, quando o casal estava em uma trilha no Morro do Boi e tentava chegar à Praia dos Amores. No caminho, os dois foram atacados. A moça contou aos bombeiros que, chegando à gruta da praia, por volta das 17h30, o agressor tentou abusar sexualmente dela.
Na tentativa de defendê-la, o namorado levou um tiro no peito e morreu. A moça foi atingida por um tiro nas costas e ficou caída no local, enquanto o agressor fugiu. Perto das 21 horas, segundo relatos da própria vítima aos bombeiros que a resgataram, o agressor voltou até o local do crime e a violentou. Os dois só foram localizados na tarde de domingo (1º). A jovem esperou por 18 horas na mata até ser resgatada.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião