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A Polícia Federal fechou ontem a TV Nova Baixada, a maior emissora clandestina do Rio de Janeiro, com cerca de 30 mil assinantes, que utilizava ilegalmente o sinal da NET. Cinco pessoas foram presas, entre elas um policial civil e o ex-agente penitenciário João Miguel Carvalho de Matos, dono do negócio. A empresa empregava 30 pessoas e tinha até site. Os clientes pagavam entre R$ 30 e R$ 40 por mês pelo acesso aos canais da NET, inclusive a programação pay-per-view, com imagem digital. O canal também exibia cópias piratas de filmes recém lançados. A movimentação financeira é estimada em R$ 500 mil por mês.

"A empresa existe juridicamente, os carros andavam com adesivo e os funcionários uniformizados, mas a atividade é criminosa. É como abrir uma empresa para vender cocaína", comparou o delegado titular da Polícia Federal de Nova Iguaçu, Alexandre Saraiva. Os clientes deverão cancelar a assinatura ou serão indiciados por receptação.

Em 2008, o relatório da CPI das Milícias citou a distribuição de sinal pirata de TV a cabo como uma das atividades dos grupos paramilitares na região. O delegado acredita que a TV funcionava sob a proteção de milicianos. Dois funcionários de uma prestadora de serviço da Embratel também foram presos. Um equipamento de transmissão avaliado em R$ 40 mil foi apreendido junto com bens do dono da emissora. Além da distribuição da programação dos canais a cabo, a TV Nova Baixada também produzia programas de funk, esportes e até exibia vídeos educativos. O sinal era distribuído para moradores das cidades de Nova Iguaçu e Mesquita.

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