A Polícia Civil vai implantar a partir da próxima segunda-feira (3) uma nova metodologia nas delegacias visando tornar mais exatas as estatísticas de pessoas atingidas com balas perdidas no Rio.
A partir de agora, quando um policial estiver registrando o caso de lesão corporal ou morte provocada por um tiro de arma de fogo haverá um campo com a frase “vítima hipoteticamente não visada pelo autor”.
Até então, o termo bala perdida era escrito ou não pelo policial no boletim de ocorrência. Assim, nem todos os casos de bala perdida eram repassados ao Instituto de Segurança Pública, responsável por realizar as estatísticas criminais do Estado.
Desde 2007, o órgão contabilizava apenas os casos nos quais houvesse o termo bala perdida no campo dinâmica do fato do registro.
A nova metodologia para bala perdida já era usada para crimes com motivação homofóbica, quando um campo específico era marcado.
A mudança foi realizada após uma série do jornal “Extra” que apontou falhas na contabilidade do crime.
De acordo com levantamento realizado pelo jornal, oficialmente, entre janeiro de 2014 e junho deste ano, sete pessoas morreram por balas perdidas, e 160 ficaram feridas no Estado. No entanto, a estatística correta teria que contabilizar outros 39 mortos e 94 baleados no mesmo período.
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