Polícia encontra armamento e crack em casa na Vila das Torres

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Policiais da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) de Curitiba apreenderam na manhã desta terça-feira (16)um arsenal e cinco pedras de crack em uma casa no número 44 da Rua Josefina Lanier, na Vila das Torres. Foram detidos dois usuários de droga e apreendidos dois adolescentes que chegavam ao local.

Segundo o delegado titular da DFR, Rubens Recalcatti, foram encontrados 250 cartuchos para armas de diversos calibres, duas pistolas calibre 380 milímetros (sendo uma Glock, importada), um revólver calibre 32 e outro 38, uma escopeta calibre 12, com repetição de seis tiros seqüenciais, e uma espingarda calibre 28. Todas elas "fortemente municiadas até o limite", segundo Recalcatti. Somente duas armas têm número de registro, que já estão sendo rastreados para que os policiais localizem os proprietários. No final da manhã desta terça, as primeiras informações eram de que haviam sido apreendidas 45 pistolas, 49 revólveres calibre 38, 15 escopetas calibre 12 e uma espingarda calibre 36; além de 150 munições calibre 380.

Os policiais estavam no local investigando a atuação de jovens que quebram vidros de veículos para praticar assaltos em sinaleiros, dentro da operação batizada como Quebra-Vidros. Lá, receberam uma denúncia de que havia uma residência com armamento pesado. Sete policiais envolvidos ficaram na observação e resolveram entrar na residência. "O grupo correu um altíssimo risco com essa busca. Se a quadrilha estivesse na casa, seria uma mortandade", disse Recalcatti. A estimativa é de que a quadrilha seja composta por cinco integrantes, que estariam envolvidos na receptação de objetos roubados nos sinaleiros da Vila das Torres e no fornecimento de armas para grupos criminosos da região.

Quebra-Vidros

De acordo com Recalcatti, os furtos em sinaleiros são na maioria das vezes praticados por adolescentes e crianças. Motoristas, na maioria mulheres, que passam pela Vila das Torres são interceptados nos sinaleiros e têm bolsas e outros objetos roubados. "Normalmente, não há violência. Mas eles usam armas", lembrou o delegado. "Em referência ao ano passado, as ocorrências cresceram significativamente, o que nos levou a intensificar as operações na região."