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Aos poucos, aparecem pistas sobre a morte da menina Giovana dos Reis Costa, 9 anos, ocorrida no início do mês em Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba, que direcionam as investigações para alguns suspeitos. Durante a tarde de ontem, policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em quatro endereços em Curitiba. De acordo com a delegada Margareth Motta, o material mais interessante coletado foi um envelope. "Em um dos locais, foi encontrado em uma gaveta um envelope amassado com o nome de Giovana", afirma.

As buscas aconteceram em quatro consultórios onde Vera Petrovitch joga búzios, tarô e lê cartas, nas ruas Doutor Goulin, Riachuelo e Inácio Lustosa, em bairros próximos a região central da capital. Vera é vizinha de fundos da família de Giovana, em Quatro Barras. Lá, ela é conhecida como a cartomante Dona Diva, já em Curitiba o nome muda para Dona Lourdes e Dona Meire. "Tivemos a informação de que as pessoas que estavam nos consultórios saíram momentos antes de chegarmos", relata a delegada.

Margareth explica que as buscas feitas nos consultórios da cartomante tinham como objetivo apreender documentos que identificassem Vera, já que ela é investigada pelo crime de estelionato em Quatro Barras. Além de papéis, em um dos locais também foi retida uma arma sem registro. De acordo com a delegada "há fortes indícios" contra a família de Vera, todos mantidos como "fortes suspeitos" do crime.

As suspeitas dos investigadores passaram a cair sobre a família de Vera desde que uma sacola com as roupas que Giovana vestia quando desapareceu foi encontrada em um terreno baldio ao lado da casa da cartomante. Além disso, um canhoto da rifa que a menina vendia foi encontrado dentro da residência. No final da semana passada, o filho de Vera, Pero Petrovitch Theodoro Vichi, 18 anos, foi detido por apresentar identidade falsa quando prestou depoimento à polícia.

Uma outra informação que veio à tona, de acordo com a delegada, foi que a família de Vera teria comprado um saco plástico semelhante ao que a menina foi encontrada dentro no mesmo dia em que Giovana desapareceu, e na busca feita na casa da cartomante o produto não foi encontrado. Os investigadores aguardam laudos do Instituto Médico Legal e do Instituto de Criminalística que possam ajudar a esclarecer a morte. "Continuamos as investigações realizando um trabalho meticuloso", afirma Margareth. O advogado da família Petrovitch se comprometeu em levar Vera e a namorada de Vichi à delegacia para prestarem depoimentos na próxima semana.

A menina Giovana desapareceu na noite do último dia 10, depois que saiu de casa para vender rifas de Páscoa na vizinhança. Dois dias depois, o corpo da menina foi encontrado dentro de um saco plástico em um terreno baldio a três quadras de onde morava. Foi constatado que a menina foi morta por sufocamento e que o corpo havia sido lavado interna e externamente. A hipótese do crime ter sido cometido em um ritual de magia negra também não foi descartada.

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