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A Polícia Civil no Rio estima que o grupo preso, nesta quinta-feira (2), suspeito de adulterar combustíveis e sonegar impostos tenha gerado um prejuízo de R$ 120 milhões aos cofres públicos. Segundo a delegada Izabela Santoni, da Delegacia Fazendária, a quadrilha agia em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, no Rio, em Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio, Minas Gerais e Distrito Federal.

Cerca de 150 agentes de diferentes delegacias especializadas participam da operação batizada "Cana dura", que tem como objetivo cumprir 14 mandados de prisão expedidos pela Justiça e 24 de busca e apreensão.

A delegada informou que 12 pessoas já foram presas. Um outro homem, que não tinha mandado de prisão expedido, foi preso em flagrante por portar ilegalmente uma escopeta calibre 12. Os agentes também apreenderam munições. A investigação para chegar aos suspeitos levou dois anos.

Apartamento na Barra por apenas R$ 50 milA delegada explicou que o valor exato do que foi fraudado só será revelado após análises de documentos recolhidos nesta quinta. A quadrilha mantinha empresas de fachadas e em nome de "laranjas".

A rápida evolução patrimonial de alguns integrantes do grupo também despertou a atenção dos investigadores. Izabela Santoni explica que um dos alvos da operação declarou ter pago R$ 50 mil em um imóvel de luxo na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade. Segundo a polícia, o apartamento está avaliado em R$ 1,5 milhão.

A polícia informou ainda que os presos vão responder, entre outros crimes, por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Um posto de gasolina foi lacrado em Campos dos Goytacazes, sob suspeita de vender gasolina aditivada, quando o produto era gasolina comum.

Fiscais da Agência Nacional de Petróloeo (ANP) percorrem vários postos de gasolina nas cidades investigadas, para identificar se o produto vendido está adulterado.

"Essa quadrilha também busca o enriquecimento ilícito não só com a sonegação fiscal, mas também com a mistura de combustíveis em detrimento da segurança do cidadão, em vista que eles misturam metanol, um combustível altamente tóxico, com etanol", disse a delegada.

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