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A ameaça de morte de um pai contra o filho mobilizou no fim da tarde de quarta-feira (14) dezenas de policiais militares na região central de Londrina, no Norte do Paraná. Após quase três horas de negociação, envolvendo três oficiais da PM e um amigo da família, o homem decidiu entregar a arma, uma pistola calibre 635, e acabou preso por porte ilegal e ameaça à vida. Ninguém ficou ferido.

Segundo informações dos negociadores e de vizinhos, a relação entre pai e filho sempre foi conturbada, com diversas agressões causadas pelo filho. O rapaz tem entre 20 e 25 anos e moradores disseram ter presenciado brigas violentas. A polícia confirmou que ele já foi preso, mas não disse sob quais acusações. "Há tempos que existia uma situação de agressão e ameaça. Hoje [ontem] foi a gota d’água para o pai", disse o tenente da PM Paulo Siloto ao Jornal de Londrina.

Siloto foi um dos policiais que trabalharam como negociador e disse que o momento mais delicado da ação foi quando o pai apontou a arma para a própria cabeça. Ainda segundo ele, no início o homem demonstrava muito nervosismo e dizia que iria matar o filho e depois cometer suicídio. O mãe do rapaz estava na casa e acompanhou a situação.

Isolamento

Para atuar no local, a polícia isolou uma faixa de cerca de 100 metros da rua e impediu qualquer pessoa de passar. Mesmo os moradores que chegavam ou precisavam sair foram impedidos até o desfecho do caso. As casas vizinhas foram utilizadas como ponto de apoio e de observação.

Apesar da negociação ter terminado bem, vários momentos de tensão foram registrados. Entre eles a invasão da casa pela Tropa de Choque. As equipes dos policiais ficaram cerca de 30 minutos na residência e a entrada foi considerada "essencial" pela PM para resolver a situação. Os policiais disseram que, apesar da presença do Choque, não houve necessidade de intervenção direta e o homem entregou a arma espontaneamente.

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