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Cartão da Delegacia de Homicídios: pedido de colaboração e número errado | Reprodução
Cartão da Delegacia de Homicídios: pedido de colaboração e número errado| Foto: Reprodução

Um cartão para estimular testemunhas e informantes a ajudar na investigação de assassinatos começou a ser distribuído ontem por policiais da Delegacia de Homicídios (DH) de Curitiba. "Não espere ser a próxima vítima. Colabore com a comunidade: denuncie os criminosos", pede o cartão. Os investigadores têm ordens de fazer a panfletagem do impresso, que traz também os telefones e endereço da delegacia, entre os curiosos que tradicionalmente ficam em volta da área isolada pela polícia nos casos de assassinato.

"Contamos com a colaboração popular, já que ninguém faz nada sozinho", disse o delegado-titular da Homicídios, Hamilton da Paz. "Fazemos de tudo para conseguir informação". Nem só os dados sobre o assassino são determinantes para a investigação. Os levantamentos da Polícia Civil também abarcam a vida da vítima. Todos os dados levantados pela polícia são indexados no inquérito, que por sua vez é enviado ao Ministério Público. Quanto mais informações, mais argumentos têm o promotor no momento de pedir a punição do criminoso à Justiça.

A DH garante o sigilo da identidade do informante. "Não quero saber o nome de ninguém, quero só a informação", assegura Paz, que mandou produzir 5 mil cópias do cartão na gráfica da Polícia Civil.

O cartão – de 10,5 por 4,5 centímetros, impresso em papel reciclado – estreou no início da manhã no bairro do Tingui, onde dois homens foram assassinados em um beco. Júlio César Ribeiro dos Santos, o Julinho, e Iran Pedro Lima de Cordova, ambos de 28 anos, foram atingidos com vários tiros de pistola calibre ponto 40. Segundo uma testemunha, os tiros foram disparados por ocupantes de um Uno branco.

Horas depois, nova distribuição do cartão foi feita no bairro Alto Boqueirão, onde um vendedor de assinaturas de revistas foi assassinado às 11h30. Clóvis Ribeiro dos Santos, de 42 anos, foi atingido com pelo menos cinco disparos ao atender um chamado de um desconhecido que estava em um Gol branco. Autor do texto no cartão, o delegado afirma ter recebido ligações sobre ambos os casos, mas diz não ter certeza se as chamadas foram motivadas pelo cartão.

Erro

Um dos três números colocados no cartão está errado. O telefone 3363-0121 teve um dos dígitos alterado. O número que está no cartão é de uma residência.

Segundo da Paz, que foi informado do erro pela reportagem, o equívoco se deu na gráfica. Os investigadores corrigirão o telefone com caneta até que uma nova tiragem seja feita.

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Serviço

A Delegacia de Homicídios fica na Avenida Sete de Setembro, 2077, Centro. Telefones: (41) 3363-0121, 3262-7837 e 3262-2641.

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Interatividade

Com essa iniciativa, a polícia conseguirá vencer a "lei do silêncio", que impera em áreas violentas da cidade?

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