Polícia faz reconstituição do "crime da queda" em Guarulhos

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Após quase quatro horas de trabalho, peritos fizeram a reconstituição dos últimos momentos de Andréia Cristina Nóbrega Bezerra, de 31 anos, que morreu dia 18 ao cair do 3º andar do prédio onde morava em Guarulhos, na Grande São Paulo. O filho dela, de 6 anos, também despencou da mesma janela e ficou ferido. Ele foi representado por um boneco. O trabalho começou por volta de 9h30 desta sexta-feira (28) e terminou perto de 13h.

Nesse período, dois momentos importantes foram encenados: o de Andréia caída no chão e o do filho dela na marquise do edifício. O garoto sofreu fratura do maxilar e se recupera na casa da avó. O pai dele e ex-marido de Andréia, Evandro Correia, é o principal suspeito de provocar a queda dos dois. Segundo a polícia, houve uma discussão no apartamento e, com medo, a mulher pegou filho no colo e se jogou. Correia é considerado foragido.

Os peritos usaram fita métrica para calcular a altura das duas quedas, filmaram e fotografaram a parede do prédio de cinco andares. Fizeram marcas com giz. O zelador e uma testemunha que viu os dois caírem ajudam a polícia. Dois investigadores fazem o papel do casal.

A defesa do pagodeiro vai entrar com habeas-corpus ainda nesta sexta-feira (28) para revogar os efeitos da prisão temporária. A Justiça determinou a prisão de Evandro, que se encontra foragido da polícia.

"A prisão antecipada seria uma apenação porque, em um determinado momento, ele pode ser absolvido. Estamos no calor dos fatos ainda", disse o advogado Sebastião Cavalcante, que representa o músico e acompanha a reconstituição.

A versão do advogado, segundo relatos de Correia, é de que Andréia cortou a mangueira do gás e, depois, em uma atitude "transloucada", se jogou com o filho pela janela da sala. Para ele, é preciso cautela em levar em conta o depoimento do menino, dado na quarta-feira. "É muito difícil ele entender. O problema é não saber efetivamente o que estava acontecendo".