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A polícia norte-americana já tem o retrato falado do homem que teria dado uma carona à universitária paranaense Carla Vicentini, de 22 anos, no dia do desaparecimento dela, há 15 dias. O retrato foi feito ontem, na delegacia de polícia de Newark, com o auxílio da brasiliense Maria Eduarda Ribeiro, conhecida como Duda, que dividia um apartamento com Carla,

Maria Eduarda chegou por volta do meio-dia (horário de Brasília) e ajudou por cerca de uma hora e meia os investigadores a fazerem o retrato falado. Em seguida, Maria Eduarda prestou depoimento ao delegado de polícia Tif Hemars. Em entrevista por telefone à Gazeta do Povo, Maria Eduarda disse que a polícia deve passar o retrato-falado a todos os veículos de comunicação norte-americanos ainda hoje. Ela acredita que essa não será a única vez que deve depor. "Eles devem me chamar de novo nos próximos dias".

Desaparecimento

Carla Vicentini embarcou no início de janeiro para os Estados Unidos por meio do programa de intercâmbio da agência World Study Educação Intercultural, com o objetivo de trabalhar e estudar inglês. Em Dover (New Jérsei), Carla trabalhou por duas semanas em uma rede de lanchonetes, mas se mudou, sem avisar a agência contratada para levá-la aos Estados Unidos, para a cidade de Newark (a oito quilômetros de Manhattan) para morar com a brasiliense que ela conheceu durante o vôo.

No dia 18, Carla foi vista pela última vez conversando com um norte-americano em um clube, local de trabalho de Duda. "Fui a única que vi e conversei com ele", disse Maria Eduarda. De acordo com ela, o homem com quem Carla conversou e pegou carona tem aproximadamente 30 anos. Ela disse ainda, por telefone, que o local onde trabalha não tem circuito interno de TV. "Não existe fita nenhuma porque não tem câmeras", afirmou.

A versão de Maria Eduarda contradiz a mãe de Carla diz. Segundo Tânia Maria Pereira Vicentini, a polícia informou a funcionários do consulado brasileiro em Nova Iorque que a fita foi editada e que aparecem apenas imagens de funcionários do clube. "O funcionário do consulado ligou contando essa versão". Para a mãe de Carla, assim como Maria Eduarda, o proprietário do clube está escondendo a verdade. "Eles sabem de algo e estão escondendo por medo de alguma coisa". Tânia acredita que se existe circuito interno de TV no clube, há imagens da filha. "É impossível minha filha não aparecer, ela não é invisível".

Durante as duas entrevistas concedidas por telefone, Maria Eduarda mostrou-se muito nervosa e pediu várias vezes para desligar o telefone. "Não posso falar mais, os policiais querem que eu desligue".

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