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Em dois dias, a Polícia Militar desativou dois estabelecimentos de Londrina, Norte do Paraná, que serviam à exploração de máquinas caça-níqueis. No final da tarde de quarta-feira (30), uma denúncia anônima levou o Serviço Reservado da PM, a P2, a uma fábrica de caça-níqueis, no bairro Aeroporto, zona leste da cidade. Quatro pessoas foram detidas enquanto montavam novos equipamentos.

Entre os detidos, estavam dois programadores de sistemas, um entregador e o chefe, conhecido pelo apelido de "japonês". Todos foram para a 10ª SDP, onde responderiam a inquérito por contravenção penal de exploração de jogos de azar, que pode resultar em pena máxima de três meses a um ano de prisão e multa.

Na casa descoberta pela PM foram apreendidas pelo menos 10 carcaças de máquinas, monitores, fechaduras, leitores de cédulas, memórias, processadores e centenas de placas-mãe. Tudo foi levado em um microônibus da PM para a 10ª SDP - as máquinas serão destruídas a machadadas.

"Fizemos uma campana para verificar a denúncia e encontramos um carro que saía para transportar as peças", afirmou um tenente da P2, que não pode ser identificado. "Eles contam que as máquinas só eram distribuídas em Santa Catarina e não em Londrina. Não acreditamos nisso", frisou o policial.

"Agora identificamos quem são os responsáveis pela montagem. Geralmente é uma denúncia difícil de receber", atestou o tenente Ricardo Eguédis, porta-voz da PM. "É um jogo proibido e que leva ao vício. Quem joga torna-se vítima", completa o tenente.

Na terça-feira, sem querer, a PM também deu um golpe no jogo ilegal ao flagrar uma casa na Rua Paranaguá, centro de Londrina, que servia à exploração de caça-níqueis. Os policiais perseguiam um suspeito de roubo e entraram na casa com o objetivo de prendê-lo, se viram diante de um verdadeiro cassino ilegal: "Havia 14 máquinas funcionando e 11 pessoas foram detidas no local", afirmou o porta-voz da PM. "Em ambos os casos o destaque é para a população, que denunciou".

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