Monark virou alvo do judiciário por criticar medidas consideradas abusivas impostas pelo TSE durante o período eleitoral do ano passado| Foto: Reprodução Monark Talks
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Por meio de um relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal (PF) disse que o influenciador digital Bruno monteiro Aiub, conhecido como Monark, cometeu crime de desobediência a decisão judicial ao não cumprir as ordens do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que determinou o bloqueio de novos perfis do influenciador nas redes sociais.

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Monark virou alvo do judiciário por criticar medidas consideradas abusivas impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante o período eleitoral do ano passado. Grande parte das críticas foram direcionadas ao presidente da Corte, o ministro Alexandre de Moraes.

O influenciador teve todas as redes sociais bloqueadas, em junho do ano passado, por conta de uma entrevista com o deputado Filipe Barros (PL-PR) em que o parlamentar alertou para fragilidades das urnas eletrônicas com base em inquérito aberto a pedido do próprio TSE, no qual se confirmou uma invasão hacker ao sistema.

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No despacho contra o influenciador, Moraes admitiu que Monark vinha sendo monitorado por servidores do TSE para identificar críticas à Corte eleitoral.

Em setembro do ano passado, Monark resolveu mudar-se para os Estados Unidos. Na época, ao confirmar a mudança, o influencer disse à Gazeta do Povo que “o Brasil virou um ditadura do Judiciário” e que temia pela própria vida por ser um “perseguido político”.

Em novembro de 2023, Monark anunciou a retomada do seu podcast, o “Monark Talks”, em perfis recém-criados.

“A infração em questão perdura, caracterizando-se pela reiterada recusa em acatar a determinação judicial de cessar a divulgação (publicar, promover, replicar ou compartilhar) de notícias fraudulentas (fake news). Essa constatação encontra respaldo nas publicações de conteúdo efetuadas em diversas plataformas de mídia social, notadamente no TikTok e YouTube. A análise dessas publicações revela indícios substanciais que apontam para a persistência na transgressão das ordens judiciais impostas”, diz um trecho do relatório da PF emitido no dia 17 de janeiro de 2024.