Polícia indicia 9 por morte em estádio

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A Polícia Civil indiciou nove pessoas pelo acidente durante a construção do estádio Itaquerão, na zona leste de São Paulo, que matou dois operários em novembro do ano passado. Todos são funcionários das empresas responsáveis pela obra. Para o delegado Luiz Antônio da Cruz, responsável pela investigação, se tivesse maior rigor na fiscalização, o acidente não teria ocorrido.

O acidente aconteceu em 27 de novembro, matando dois operários: Fábio Luz Pereira e Ronaldo Oliveira dos Santos. Parte da estrutura metálica que serviria para suportar a cobertura do estádio desabou quando um guindaste erguia uma peça de 420 toneladas. O peso do guindaste provocou o afundamento do solo, o que propiciou o acidente, segundo a perícia. Foram indiciados sete funcionários da Odebrecht, construtora do estádio, e dois funcionários da Locar, responsável pelo guindaste.

Segundo o Bom Dia Brasil, da Rede Globo, o guindaste é de alta precisão e poderia erguer até 1,5 mil toneladas, mas precisaria operar em um terreno plano, com no máximo 0,3 grau de inclinação. O solo, no entanto, cedeu com o peso do guindaste, o que ocasionou o acidente. A perícia concluiu que o solo não poderia suportar o peso e que não houve erro mecânico nem do operador nem da máquina.

O caso está sendo investigado pelo 65.º Distrito Policial (DP) de São Paulo, na Zona Leste, e as pessoas foram indiciadas pelo crime de desabamento com morte. A pena, em caso de condenação, varia de um ano a três anos de detenção. Ainda de acordo com o Bom Dia Brasil, entre as pessoas que responderão na Justiça pelo desabamento, há três engenheiros da obra. A Odebrecht informou que se manifestará no final do inquérito, mas que não concorda com os indiciamentos. Já a Locar informou que colabora com as investigações e vai aguardar a conclusão do trabalho policial para se manifestar.