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A polícia do Pará abriu inquérito para investigar o caso de uma jovem que acreditava que estava grávida, mas, na sala do parto, o médico disse que não havia criança.

O namorado e a mãe de Lana da Silva Pimenta prestaram depoimento na manhã desta quinta-feira (29). A delegada Mara Cristina dos Santos, que investiga o caso, disse que nunca viu nada parecido.

Há dez dias, Lana procurou a Santa Casa. Depois de examiná-la, um ginecologista indicou "os batimentos cardíacos do feto" e disse que o bebê estava sentado, em posição pélvica. Durante a cirurgia, teve uma surpresa. O médico disse que não havia bebê.

O obstetra José Negrão Guimarães contou que chamou outros profissionais que estavam na sala e mostrou à mãe que não existia feto.

Em seguida, Lana fez mais dois exames que, segundo o presidente da Associação Paraense de Ginecologia e Obstetrícia, Albertino Bastos, comprovaram que ela não estava grávida. "Se estivesse grávida, o resultado, mesmo 15 dias depois do parto, daria positivo. E o ultrassom mostra que o útero nunca esteve grávido", afirmou.

A última ultrassonografia foi feita no mesmo laboratório que, em janeiro, atestou que o feto apresentava movimentos respiratórios e batimentos cardíacos. A imagem destaca o fêmur e a cabeça do feto.

A médica que acompanhou o pré-natal de Lana até duas semanas antes da cirurgia não quis gravar entrevista, mas disse à equipe de reportagem que a jovem estava grávida e manteve a afirmação no depoimento, na delegacia.

O Conselho Regional de Medicina pediu esclarecimentos aos hospitais e médicos envolvidos no caso.

Lana, que chegou a publicar na internet fotos exibindo a barriga, exige uma explicação. "Como eu poderia enganar a médica do pré-natal, a enfermeira e o médico da Santa Casa? Que coração é esse que teria na barriga?", disse.

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