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Londrina – Em mais um ato de repressão contra a pirataria, a Polícia Civil desmontou uma fábrica de CDs e DVDs falsificados na zona sul de Londrina (Norte do estado). Na operação, realizada ontem à tarde por uma equipe da Delegacia de Furtos e Roubos, foram apreendidos cerca de 10 mil unidades já gravadas e outros 3 mil discos virgens, 11 torres de gravação com nove gravadores cada e três impressoras semi-profissionais, além de milhares de capas impressas. O equipamento apreendido tinha capacidade para gravar cerca de 600 DVDs por hora. Apontado como dono da fábrica, Norberto da Silva foi preso em flagrante pelo artigo 184 do Código Penal, que trata da violação de direitos autorais.

Segundo o superintendente da 10.ª Subdivisão Policial (SDP), Adílson José da Silva, há cerca de um mês a polícia investiga a produção de CDs e DVDs piratas que abastece os camelôs da cidade. "Hoje (ontem) de manhã, recebemos a denúncia de que numa residência na Rua Francisco Carvalho, 32, funcionava um estúdio de gravação. A equipe foi conferir e encontrou tudo isto", disse, apontando para os discos apreendidos. De acordo com ele, Norberto estaria trabalhando na casa há cinco meses.

Adílson Silva informou que, apesar dos aparelhos de gravação não estarem ligados no momento da abordagem, todo o material apreendido serve como prova do crime. "Ele pode não ser o maior fornecedor de pirataria na cidade, mas com certeza não é um falsificador pequeno", disse.

Norberto não quis falar sobre sua prisão. Ele prestou depoimento ainda ontem ao delegado João de Aquino e depois foi encaminhado à carceragem do 2.º Distrito Policial, onde está à disposição da Justiça. "No âmbito policial, o crime é inafiançável. Ele só será solto se assim o juiz determinar", explicou.

A repressão à venda e produção de CDs e DVDs piratas foi intensificada neste ano, em Londrina, depois que locadoras legalizadas protestaram, afirmando que estariam à beira da falência por causa dos produtos piratas.

Em junho passado, a Polícia Federal já havia desmontado um estúdio de gravação de piratas durante a Operação Capitão gancho. Josuel Pereira da Silva, conhecido como "Gaúcho", foi preso em uma casa alugada no Jardim Universidade, na zona oeste, juntamente com seu filho e um policial do Corpo de Bombeiros. Por dia, Gaúcho afirmou que produzia cerca de 1,5 mil CDs e DVDs piratas. No local, foi encontrado um estoque de cerca de 30 mil cópias.

Um mês depois, cerca de 100 policiais e fiscais da Receita Federal fizeram uma megaoperação, chamada de Capitão Gancho 2, que surpreendeu vendedores do Shopping Popular, mais conhecido como Camelódromo, no Centro de Londrina. Milhares de mercadorias sem nota fiscal foram apreendidas, o que causou revolta entre os ambulantes e muita tensão.

Segundo a Associação Paranaense de Combate à Pirataria (APCP), a falsificação de CDs e DVDs deixa de criar 2 milhões de empregos ao ano no país e causa prejuízo de R$ 30 bilhões às indústrias, além de sonegação de impostos.

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