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As denúncias contra um grupo de skinheads, acusados de crimes de tentativa de homicídio, formação de quadrilha e racismo, devem começam a ser analisadas nesta terça-feira pela Justiça, quando o inquérito sobre o caso será distribuído a uma das onze varas criminais de Curitiba. Seis acusados – Eduardo Toniolo Del Segue, o "Brasil", de 25 anos; sua mulher Edwiges Francis Barroso, 26 anos; André Lipnharski, 25 anos; Raul Astutte Filho, 20 anos; Anderson Marondes de Souza, 21 anos; e de um sexto denunciado que não teve o nome divulgado – estão presos.

A previsão é de que o julgamento ocorra em no máximo quatro meses e, se forem condenados, os réus podem pegar a pena máxima – 30 anos de detenção. Os cinco homens foram enviados ao Centro de Triagem de Piraquara, enquanto Edwiges foi recolhida à Penitenciária Feminina, também em Piraquara.

Eles serão julgados pelo envolvimento na tentativa de homicídio a um jovem negro e homossexual no dia 18 de setembro, no centro de Curitiba. A vítima teve o abdome perfurado a golpes de tesoura, depois de ser atacada por um grupo de skinheads. Um segundo homossexual teria sido atacado na mesma noite.

Em operação policial deflagrada no dia 26 de outubro, o Centro de Operações Especiais (Cope) da Polícia Civil, órgão responsável pelo inquérito, prendeu outros quatro adultos – Estela Herman Heise, 20 anos, o namorado dela, Bruno Paese Fader, 20 anos, Fernanda Keli Sens, 24 anos, e Drahomiro Michel, 28 anos, o "Gavião", além de quatro adolescentes que serão julgados na Vara da Infância e da Juventude. Os outros adultos vão responder ao processo em liberdade. Eles também são acusados de racismo e formação de quadrilha.

Denúncia antiga

A anarcopunk M.B., que em 2003 ajudou a confeccionar o dossiê sobre as ações dos skinheads no Paraná, informou à Gazeta do Povo que naquele ano cópias desse relatório foram remetidas ao então delegado-chefe da Polícia Civil, Adauto Abreu de Oliveira, ao (à época) promotor do Ministério Público Estadual Luiz Fernando Delazari, hoje secretário estadual de Segurança Pública, e também à Promotoria de Investigações Criminais (PIC). "Mas eles não deram muita bola, achavam que não passava de rixa entre punks e skins", comentou.

Leia a reportagem completa na Gazeta do Povo

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