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Rio de Janeiro – As três pessoas presas que foram acusadas por Elaine Paiva da Silva, de 27 anos, de participação no assassinato de Priscila Belfort, irmã do lutador Vitor Belfort, negaram qualquer relação com o crime. A polícia realizou ontem uma acareação com os presos e apenas Elaine, que se apresentou na segunda-feira ao Ministério Público e confessou ter assassinado a jovem, manteve sua versão. Além dos quatro que já estão presos, a polícia identificou outras cinco pessoas que teriam participado do crime. Elas estão foragidas.

Em depoimento ao Ministério Público, Elaine Paiva confessou ter participado do assassinato de Priscila, desaparecida em janeiro de 2004. Segundo Elaine, a vítima teria sido morta por causa de uma dívida de R$ 9 mil com traficantes da Mangueira.

Embora cauteloso, o promotor Rubem Viana disse que as afirmações de Elaine foram suficientes para iniciar a nova investigação e a retomada da procura pelo corpo de Priscila. "Essa história está mal contada e será apurada durante a investigação. Agora, seria um inusitado muito grande, e eu não descarto isso, uma pessoa se apresentar inventando um crime de homicídio. Não posso também acreditar no que ela diz de forma integral. Ninguém está afirmando isso categoricamente que seja verdade e nem está descartando o que ela está dizendo", afirmou.

Durante seu depoimento, Elaine contou que o corpo de Priscila está enterrado em um sítio abandonado em São Gonçalo. Com ajuda de uma retroescavadeira, uma equipe chefiada pelo delegado Anestor Magalhães, da 75.ª Delegacia de Polícia (Rio D’Ouro), fez buscas durante cerca de três horas ontem. As buscas, no entanto, foram suspensas para que a polícia confirme uma informação de que Elaine teria ligado para Priscila um dia antes do desaparecimento da vítima para marcar um encontro no Centro. Magalhães vai pedir a quebra do sigilo telefônico de Elaine.

De acordo com ela, um casal encomendou o seqüestro para o preso de Bangu 1 Nilson Duarte da Silva, conhecido como Pagodeiro. A polícia afirma que o presidiário era traficante de drogas e pertencia à facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA), no Complexo da Maré. O planejamento do seqüestro levou três meses.

Desde o desaparecimento de Priscila, a mãe e o irmão foram chamados a doar material para exame de DNA em três ocasiões. "Só espero que essa história chegue ao fim enquanto eu ainda estiver viva. A impressão que eu tenho é que meu coração não vai agüentar", afirmou Jovita, a mãe de Priscila.

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