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Rio de Janeiro - As favelas do Pavão-Pavãozinho, Cantagalo, Ladeira dos Tabajaras e Morro dos Cabritos, em Copa­ca­bana, na zona sul do Rio, serão as próximas a receber Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), como são conhecidas as equipes de policiamento comunitário. As informações são da Agência Brasil.

As quatro favelas de Copaca­bana se somarão às cinco comunidades cariocas que já contam com este novo modelo de policiamento, que prevê o fim do controle de grupos armados na favela e aproximação maior dos policiais com a comunidade. Hoje, as UPPs já estão instaladas em Dona Marta, Babilônia e Cha­péu Mangueira, na zona sul; Ci­­dade de Deus, em Jacarepaguá; e Batan, na zona oeste.

O processo de implantação da UPP no Pavão-Pavãozinho e no Cantagalo está em uma fase mais adiantada que nos Cabritos e na Ladeira dos Tabajaras. A primeira fase, iniciada nesta semana pela Polícia Militar, consiste na chamada "pacificação", ou seja, em operações policiais para retomar o controle do território das mãos dos criminosos.

O Batalhão de Operações Especiais (Bope) e os batalhões de Choque e de Copacabana continuam ocupando o Pavão-Pavãozinho e o Cantagalo. As equipes policiais fazem buscas no local por criminosos, drogas e armas. Segundo o oficial de Relações Públicas da Polícia Militar, coronel Aristeu Leo­nardo, a ocupação policial tradicional continuará nessas duas comunidades até que a UPP seja definitivamente instalada.

Com a ocupação iniciada ontem, a Polícia Militar fluminense pretende chegar até o fim de 2010 oferecendo segurança comunitária a 30% da população moradora de favelas. Com isso, cerca de 300 mil pessoas estarão morando em áreas protegidas pelas unidades policiais pacificadoras (UPPs). O cálculo é do secretário de Estado da Segurança Pública, José Mariano Beltrame.

"Essa proposta não vai parar. É um aceno concreto de que nos preparamos para fazer isso e vamos continuar fazendo. E teremos um grande número de pessoas beneficiadas até o fim do ano que vem. Pretendemos chegar a 30% das comunidades, que so­­frem hoje a lógica do território imposto pelo fuzil. Livres dessa arma, livres do comando desses marginais", disse Beltrame.

Só para as UPPs serão designados 3,3 mil policiais militares. Eles serão escolhidos, preferencialmente, entre os novos recrutas e receberão uma complementação salarial de, no mínimo, R$ 500, pagos pela prefeitura carioca por meio de convênio. Na UPP do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo serão destacados 250 militares.

A estratégia de ocupação permanentemente das comunidades dominadas pelo crime organizado, em vez de apenas realizar operações pontuais, é parte da política de integração das favelas, onde moram cerca de 1 milhão de pessoas, por meio das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com a oferta de infraestrutura de saneamento básico, iluminação, abertura de ruas e de construção de moradias.

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