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Apenas um dos seis depoentes que estiveram nesta sexta-feira na Polícia Federal (PF) confirmou o recebimento de valores não-declarados na prestação de contas da campanha de reeleição do prefeito Nedson Micheleti (PT), no ano passado. A PF apura denúncia de caixa dois na campanha. As informações são de uma reportagem deste sábado do Jornal de Londrina.

Um motorista de caminhão disse ter feito fretes para Apucarana no valor de R$ 1.200 para buscar material de campanha do PT em gráficas. Ele afirmou ter recebido os pagamentos em dinheiro. Os valores foram pagos por um outro motorista da campanha, que denunciou irregularidades, a exemplo de Soraya Garcia, a ex-assessora financeira.

Já o designer gráfico Arthur Boligian, responsável pela arte final dos impressos da campanha, afirmou ao delegado Kandy Takahashi, responsável pelo inquérito, que trabalhou como voluntário (de graça) - embora Soraya ateste ter pago a ele R$ 15 mil mensais "por fora", não contabilizados na prestação à Justiça Eleitoral.

Outro que depôs nesta sexta foi o locutor Júlio César dos Santos, que disse ter recebido cerca de R$ 1,6 mil, valor que consta da prestação oficial de contas. Soraya afirma ter pago a ele outros R$ 1,5 mil mensais "por fora".

O jornalista Milton Antunes, editor dos programas eleitorais de TV, contou ao delegado ter recebido cerca de R$ 4.600 oficialmente. Porém, admitiu ter recebido dinheiro não-contabilizado, mas por intermédio do produtor Nilton Marques, o "Poka".

O delegado afirmou que não considera a tese de que pessoas que admitem valores fora da contabilidade, sob a alegação de que não eram ligadas à coordenação da campanha, estejam colaborando com uma estratégia de defesa do PT.

Dois funcionários da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) também ouvidos nesta sexta negaram o recebimento de valores do caixa dois, assim como outros dois seguranças, conhecidos apenas por "Pezão" e "Tigrão". Eles foram indicados pelo motorista da campanha. Ao delegado, declararam que apenas faziam serviços gerais, entre eles a distribuição de adesivos em semáforos da Cidade.

Na segunda-feira, a PF ouvirá o depoimento de Bernardo Pellegrini, coordenador de comunicação do prefeito nas eleições, e de outras cinco pessoas.

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