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Investigadores do caso Juan pediram, nesta quinta-feira (14), a apreensão de todos os fuzis calibre 762 do 20º BPM (Mesquita). A decisão da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense foi tomada porque dos cinco cartuchos apreendidos no beco da Favela Danon, em Nova Iguaçu, onde o menino de 11 anos teria sido morto, quatro são de um fuzil entregue pelos PMs investigados. Mas o último cartucho encontrado perto da casa onde o menino morava não teria saído de nenhuma das armas periciadas até agora.

Dois cabos admitiram em depoimento ter participado de um tiroteio em que um jovem morreu e dois ficaram feridos. Juan Moraes desapareceu no dia 20 de junho, após um tiroteio. O corpo só foi encontrado mais de duas semanas depois.

A polícia aguarda a chegada de alguns laudos da perícia para decidir se pede ou não a prisão temporária dos policiais envolvidos, por homicídio e tentativa de homicídio.

Comandante da PM anuncia novas medidas para autos de resistência

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio de Brito Duarte, e o corregedor-interno, coronel Ronaldo Menezes, anunciaram na tarde de quarta-feira (13) que, a partir de agora, todos os autos de resistência serão analisados e farão parte de banco de dados da Corregedoria.

"Precisamos saber distinguir onde está a legítima defesa e onde está o simples descuido com a vida humana", acrescentou o comandante-geral da corporação, coronel Mário Sérgio.

Mudanças a partir de Juan

Desde o último dia 9 de julho, policiais civis e militares do Rio de Janeiro estão sujeitos a uma investigação rigorosa que se inicia quando um agente informar que houve uma execução de um suspeito durante uma operação policial. A medida da Chefia de Polícia veio logo depois dos erros na apuração do caso do menino Juan Moraes. O corpo dele chegou a ser confundido com o de uma menina.

Na terça-feira (12), a Justiça do Rio autorizou a quebra do sigilo telefônico de 12 linhas telefônicas de nove policiais militares suspeitos de envolvimento no sumiço e morte do menino Juan. A quebra do sigilo é referente ao período entre 2 de junho e 4 de julho de 2011.

Quatro policiais militares do 20º BPM (Mesquita) que estavam na comunidade Danon no dia da morte do menino estão sendo investigados e foram afastados das ruas pelo comandante-geral da PM. Outros sete policiais que estavam patrulhando a comunidade no dia da operação policial também são investigados.

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