A Polícia Civil se reuniu nesta quinta-feira (14) com a Prefeitura de Santa Maria (RS) para pedir uma lista dos fiscais que atuaram em vistorias na boate Kiss, onde houve o incêndio no último dia 27 que matou 239 pessoas.

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Os policiais querem colher depoimentos desses funcionários dentro do inquérito que apura as responsabilidades pela tragédia.

Um ofício foi encaminhado ontem ao município cobrando a lista. Hoje, em uma reunião com o delegado Sandro Meinerz, foi pedida ao prefeito Cezar Schirmer (PMDB) agilidade na elaboração dessa relação.

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"Queremos entender toda a mecânica: quem esteve lá viu [as condições da boate]? Quem esteve lá pode ter visto algum detalhe, queremos saber", diz Meinerz.A prefeitura informou à polícia ter cerca de 140 fiscais que atuam em diversas áreas. Mas não se sabe quantos tiveram alguma relação com o caso.

Os depoimentos de fiscais e secretários municipais devem ser a última fase da investigação. Nas primeiras etapas, foram ouvidos sobreviventes do incêndio e bombeiros. Mais de 200 pessoas já prestaram depoimento.

A reportagem não conseguiu localizar representantes da prefeitura na noite de hoje para comentar o assunto.A Polícia Civil segue com a meta de encerrar o inquérito antes de a tragédia completar um mês. Até lá, deve ser promovida uma reconstituição da tragédia com sobreviventes dentro da casa noturna.

Ontem, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul negou pedidos de habeas corpus de duas das quatro pessoas presas após o incêndio: o sócio da boate Mauro Hoffmann e o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo Santos.

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