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Rio de Janeiro - O chefe de custódia da carceragem da Polícia Civil em São Gonçalo, Sidnei Rocha, pediu ontem à Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro a transferência de Bruno Kliegerman de Melo, dependente químico de crack que está preso numa cela com outros 40 acusados desde sábado passado, quando confessou ter matado em seu apartamento a amiga Bárbara Chamun Calazans Laino, de 18 anos. Para o inspetor, Melo "oferece periculosidade" e deve ser tratado em um hospital psiquiátrico.

A secretaria confirmou ter recebido o ofício, mas até o fim da tarde ele não havia sido transferido. "Se ele (Melo) surtar na cela, existem 40 para revidar. Estou tentando me antecipar aos fatos. Ele precisa de tratamento médico. Meu delegado já pediu urgência. O pedido é para preservar a integridade dos presos", declarou Rocha.

Melo, de 26 anos, está na cela 9, o chamado "seguro", junto a acusados de estupro, pedofilia e assassinato. "São aqueles presos de menor aceitação até mesmo pelos criminosos", explicou o policial. A carceragem de São Gonçalo, no Grande Rio, abriga 643 acusados. "Não sou médico, não tenho como analisar, mas dá para perceber que ele é altamente dependente (da droga). Por isso apoio a transferência. Não temos estrutura aqui", disse Rocha.

Como alternativa para os jovens dependentes de crack que não querem ficar internados, a Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio pretende inaugurar em novembro duas unidades, onde eles poderão entrar e sair a qualquer momento e terão assistência.

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