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Foz do Iguaçu – A Polícia Federal prendeu 62 pessoas (11 no Paraná) e apreendeu 473 quilos de agrotóxicos ontem, durante a Operação Ceres, deflagrada com o objetivo de desmantelar quatro quadrilhas que atuavam no contrabando de agrotóxicos nos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Entre os detidos estão três policiais militares sul-mato-grossenses, fazendeiros e empresários.

No total, 350 policiais federais tinham como missão cumprir 76 mandados de busca e apreensão e 60 mandados de prisão em 23 cidades. No Paraná, as ações se espalharam em 11 municípios de regiões próximas à fronteira com o Paraguai e onde está fixado o maior centro agropecuário do estado.

Nas região de Cascavel (Oeste do estado) foram presas seis pessoas – uma delas em Campina da Lagoa – e apreendidos dez quilos de agrotóxicos. Já na região de Maringá (Noroeste), foram cinco detidos. Um dos mandados foi cumprido em Campo Mourão. Na casa de José Alberto Vila e na empresa de fachada mantida por ele, foram encontrados uma pistola nove milímetros, um revólver calibre 38 e 350 quilos de insumos contrabandeados.

Segundo o comando da Operação Ceres (nome da deusa romana da agricultura), em Naviraí (MS), no curso das investigações as informações levaram a esquemas de comércio ilegal de defensivos agrícolas que já haviam sido alvo das operações Hidra, Piratas da Lavoura e Campo Verde, realizadas respectivamente pelas delegacias da PF em Maringá, Guairá e Jataí (GO).

Segundo a polícia, o esquema contava com três bases, duas no Mato Grosso do Sul, nas cidades de Sete Quedas e Amambaí, e uma no Mato Grosso, no município de Primavera do Leste. Do Paraguai, os agrotóxicos entravam no país, entre outras, pelas fronteiras com Foz do Iguaçu, Guaíra – através do Lago de Itaipu –, Coronel Sapucaia, Ponta Porã e Bela Vista – pelas fronteiras secas –, abastecendo o mercado regional. O contrabando seguia ainda para cidades como Adamantina e Flórida Paulista, em São Paulo, outros dois pontos de distribuição usados pelo grupo.

De acordo com a PF, os acusados vão responder pelos crimes de formação de quadrilha, contrabando e crimes contra o meio ambiente. Comercializados livremente no Paraguai, por até um terço do preço do produto nacional, os agrotóxicos não possuem licença dos órgãos que avaliam os efeitos nocivos dos componentes ao meio ambiente e à saúde.

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