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Duas pessoas acusadas de integrar uma quadrilha de roubo de cargas de caminhões foram apresentadas ontem pela Delegacia de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Numa operação, realizada no último fim de semana, foram recuperados quatro caminhões, três deles com as cargas.

Edemar Trindade, 39 anos, e um adolescente foram presos no sábado dentro do barracão onde os caminhões estavam escondidos. A polícia chegou ao local após observar o histórico do navegador GPS de um dos veículos, roubado por volta de 1h30 de sábado, na BR-476, em Araucária. O caminhão, da transportadora Edgar Transportes, levava portas para a Pormade, indústria de União da Vitória, no Sul do estado. A encomenda seguia para o Mato Grosso.

De acordo com o chefe do setor de investigação da delegacia de São José dos Pinhais, Altair Ferreira, um Monza e um Pálio foram utilizados por cinco homens para praticar o assalto. O motorista do caminhão foi amarrado numa árvore próxima à estrada e só foi encontrado na manhã de sábado. A empresa perdeu o rastro do caminhão quando o veículo chegou na Avenida Rui Barbosa, em São José dos Pinhais. As informações foram repassadas para a polícia, que iniciou uma fiscalização na área e, na tarde de sábado, encontrou o barracão onde estavam os veículos roubados.

"Todos os caminhões tinham rastreadores. Isso mostra que a quadrilha era bem especializada, porque eles conseguiam desligar o aparelho e confundir a polícia. Um dos caminhões já estava em processo de desmanche, descaracterizado, e os outros três estavam inteiros, com as cargas", diz Ferreira.

Segundo Edgar Celso Zolet, proprietário da Edgar Transportes, este foi o primeiro caso de assalto contra a transportadora. "Dá vontade de rever nosso trabalho, de pensar em procurar algo mais seguro. Ninguém mais sabe onde isso vai parar", diz Zolet. Ele informa que o motorista do caminhão, apesar do susto, passa bem.

A polícia vai continuar as investigações para tentar encontrar os outros membros da quadrilha. De acordo com o investigador Ferreira, as pessoas que participavam do assalto não eram as mesmas que cuidavam da distribuição da carga. "Os assaltantes deixavam o caminhão em um posto de gasolina e uma outra equipe pegava o veículo e levava até o barracão. Por isso, os homens que participaram do assalto, e os carros Monza e Pálio, ainda não foram encontrados."

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