Atualizado em 18h05
A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (4), em Curitiba, o advogado Roberto Bertholdo. Ele é acusado de ter interceptado os telefones do juiz federal Sérgio Fernando Moro, da 2º Vara Federal Criminal de Curitiba, no período de dezembro de 2003 a maio de 2004.
De acordo com a denúncia protocolada pelo Ministério Público Federal (MPF), o objetivo do grampo era obter informações privilegiadas sobre alguns processos que tramitam na 2º Vara.
Além do grampo, o MPF apresentou denúncia de venda de decisão favorável e lavagem de dinheiro. Segundo informações, o advogado prometia decisões favoráveis em troca de R$ 600 mil. Os favorecidos ainda não conhecidos, assim como os "laranjas" que pulverizaram a quantia em dinheiro.
Foram apreendidos, após buscas em diversas residências do advogado, micro-câmeras e outros aparelhos para filmagem clandestina, vários telefones celulares, detectores de rádio freqüência, veículos importados e grande numerário em dinheiro.
As busca aconteceram em quatro residências na capital paranaense, uma casa em Brasília e um flat de luxo em São Paulo.
A Ordem dos Advogados do Paraná (OAB-PR) informou que não vai comentar a prisão, assim como o juiz federal Sérgio Fernando Moro. O advogado que defende Bertholdo não foi encontrado pela reportagem.
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
STF estabalece regras para cadastro sobre condenados por crimes sexuais contra crianças
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
Deixe sua opinião