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Um esquema de estelionato com prejuízo estimado em cerca de R$ 15 mil e que funcionava há pelo menos 20 dias foi descoberto na manhã da última sexta-feira pela Polícia Civil. Um casal foi preso em flagrante, no bairro Orleans, em Curitiba, com documentos de identidade e comprovantes falsos. O golpe ainda deixa dúvidas para os investigadores. "Não sabemos a dimensão que isso pode tomar. Ainda não identificamos vítimas e existem pelo menos mais quatro pessoas envolvidas no esquema", afirma o delegado do 4.º Distrito Policial, Rogério Martin de Castro.

De acordo com a Gazeta do Povo desta terça-feira, a presença de lacunas na investigação ocorre devido à maneira como o golpe era praticado. A polícia chegou a Valmir Gomes da Silva, 40 anos, e Simone Nhepes, 28 anos, por meio de denúncias anônimas. Em depoimento à polícia, o casal teria revelado como funciona o esquema: outras pessoas forneceriam os documentos falsificados com a foto de Silva ou Simone e uma nova assinatura. Com isso, de acordo com o delegado, o casal abria contas bancárias e crediários em lojas para realizar compras a prazo – quando a transação apontasse insuficiência de crédito, já seria tarde. "Eles aproveitaram a época de Natal, quando o movimento nas lojas é grande, para colocar o golpe em prática", conta Castro. Eletrodomésticos eram os bens mais visados pela dupla.

Em troca, o casal repassaria produtos adquiridos nas compras e depois repartiria o lucro entre todos os integrantes da quadrilha. Sabe-se que outras quatro pessoas participavam do golpe, mas o esquema pode contar com um número maior de integrantes caso os documentos frios tenham sido distribuídos a mais pessoas.

Não há um levantamento do número de vítimas pelo fato de os bancos ainda não terem percebido que abriram contas para essas pessoas. Além disso, muitos dos cheques utilizados ainda não foram descontados. "Ninguém reclamou porque não deu tempo", explica o delegado. "Com a divulgação das prisões, poderemos obter o número de vítimas", acredita. Silva e Simone são acusados de estelionato, falsificação de documento público e formação de quadrilha. Eles podem ser condenados de 4 a 14 anos de reclusão.

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